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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Festival AIC

Pra quem não Conhece a AIC- Associação Imagem Comunitária é uma organização de Belo Horizonte-MG, que a 20 anos se dedica à pesquisa e incentivo ao vídeo popular, em comemoração a sua trajetória farão uma mostra com trabalhos significativos do Brasil e América Latina, que exploram o uso da ferramenta audiovisual no contexto dos movimentos de transformação da cultura.

Para nós do NCA é uma honra ter nosso trabalho nesta mostra, o já clássico "Videolência" integrará uma sessão com outros trabalhos expressivos da década de 80.

O evento será em Minas, quem estiver por lá fica a dica...


Programação

20 de novembro | 14h-16h | Do vídeo popular às TV’s de rua

O cenário inaugural da trajetória do audiovisual comunitário é marcado por um duplo desejo: aproximar-se dos movimentos populares organizados e retratar espaços e sujeitos historicamente excluídos da esfera de visibilidade pública, tingindo o vídeo com as cores do povo. É o caso de A camponesa e o sindicato, documentário em que uma lavradora parte da própria experiência para tecer um libelo em favor da sindicalização das mulheres. Ou de Como vai sua vida hoje?, reportagem que parte da situação de um país em crise em 1989 para produzir uma reinterpretação da história brasileira em uma perspectiva contra-hegemônica. Quando o audiovisual ganha as ruas da cidade na experiência das TVs de rua, a irreverência descoberta no encontro com os transeuntes passa a dar o tom: seja nas peripécias de um repórter-cupido em Estúpido Brivaldo ou nas intervenções de um político disfarçado em Eleições – Lindomar Ribeiro, o jornalismo assume uma feição abertamente lúdica e provocativa. Há espaço ainda para o retrato inventivo de expressões artísticas populares, como o hip hop de Rap – Ritmo e Poesia ou a arte do poeta louco Joe Romano, em A volta do Joe. E quando as comunidades passam a tomar parte no processo de realização, surgem iniciativas como a TV Sala de Espera, que se abrem para o encontro com o outro e revelam facetas inesperadas da experiência popular.

A camponesa e o sindicato (FASE, Regional Sudeste-Sul, 1982, 10’)
Como vai sua vida hoje? (CECIP/CETA-IBASE/FASE, 1989, 23’)
Estúpido Brivaldo (TV Viva, PE, 1985, 9’)
Eleições – Lindomar Ribeiro (TV Maxambomba, RJ, 1990, 10’)
Rap – Ritmo e Poesia (TV Maxambomba, RJ, 1993, 14’)
A volta do Joe (TV Pinel, RJ, 1996, 10’)
Seleção TV Sala de Espera (AIC/TV Sala de Espera, MG, 1995/1996, 13’)

21 de novembro | 14h às 16h - Processos formativos nas comunidades

Entre o fim da década de 1990 e os dias atuais, multiplicaram-se exponencialmente os processos formativos em audiovisual levados a cabo junto aos mais diversos grupos e espaços por todo o Brasil. Nessas experiências, destaca-se a participação das juventudes, que contaminam cada produção com um olhar múltiplo e potente. Na reflexividade de Making of?, nas aventuras visuais e sonoras de Sons da Serra e Parada Paraisópolis, no uso dos telefones celulares em Farinhada da Pedra Branca e Iaras de Aramanaí, no retrato poético de Maré refúgio da lua, na interação lúdica entre bonecos e realizadores em A Revolta dos Bonecos e na contundente fábula política de Barakanã, surgem na tela as marcas do processo, a aproximação ao cotidiano vibrante da periferia e a reinvenção de territórios sensíveis singulares.

Making of? (Kinoforum, SP, 2005, 5’)
Sons da Serra (AIC/Rede Jovem de Cidadania, MG, 2006, 20’)
Parada Paraisópolis (AIC/Oi Kabum! BH, MG, 2010, 14’)
Farinhada da Pedra Branca (Rede Mocoronga, PA, 2011, 8’)
Iaras de Aramanaí (Rede Mocoronga, PA, 2011, 9’)
Maré refúgio da Lua (Cipó/Oi Kabum! Salvador, BA, 2009, 12’)
A Revolta dos Bonecos (TV Morrinho, RJ, 2007, 6’)
Barakanã (TV Morrinho, RJ, 2013, 10’)

22 de novembro | 14h às 16h – Oficinas: experimentação e invenção

No mesmo movimento em que se aproximam de espaços marginalizados, as oficinas realizadas junto às juventudes em diferentes lugares do país expressam uma vontade de experimentar múltiplas possibilidades do audiovisual, com uma forte tendência à inventividade. Na desconstrução do padrão televisivo em O julgamento da televisão II, na hibridação dos gêneros ficcionais em O último da fila e Ao mar, no exercício documental Fonte da juventude, nas diferentes possibilidades da animação em Exercício Stop Motion e Na vila, no diálogo com o videoclipe em Tuta e Eliseu ou com a fotografia em Um beijo para ele e Do que são feitos os meninos e as meninas, as escolhas estéticas se expandem, os formatos se contaminam e a linguagem audiovisual se torna uma zona livre de experimentação e invenção.

O julgamento da televisão II (AIC/Rede Jovem de Cidadania, MG, 2004, 25’)
O último da fila (Kinoforum, SP, 2003, 10’)
Exercício Stop Motion (Oficina de Imagens, MG, 2012, 2’)
Na vila (Oficinas Querô, SP, 2012, 4’)
Fonte da juventude (Oficinas Querô, SP, 2012, 12’)
Tuta e Eliseu (Favela é isso aí, MG, 2011, 3’)
Ao mar (Cipó/Oi Kabum! Salvador, BA, 2011, 20’)
Um beijo para ele (Auçuba/Oi Kabum! Recife, PE, 2010, 6’)
Do que são feitos os meninos e as meninas? (AIC/Oi Kabum!, MG, 2011, 2’)

23 de novembro | 14h às 16h - Audiovisual militante, ontem e hoje

Em vários momentos ao longo das últimas décadas, o combate às opressões – seja do Estado, seja de uma sociedade conservadora – ocupou o centro da cena do audiovisual comunitário. O caráter militante das produções se manifesta de diversas maneiras e não se restringe aos universos retratados, atingindo a própria forma dos filmes. Em O último garimpo, a imersão no cotidiano de um aterro sanitário em São Bernardo do Campo equilibra o diagnóstico e o protesto frontal contra uma condição desumana. Diario de una mujer descasada encena os dilemas da condição feminina em uma sociedade machista, encontrando no diálogo com a videoarte e com a performance as armas para uma batalha imagética e sonora. Explorando os limites entre a ficção e o documentário, Preconceito contra o nordestino? retoma a verve irônica da TV Maxambomba e se transforma em uma provocação política aberta e potente. Em Videolência, jovens do Núcleo de Comunicação Alternativa abordam os desafios enfrentados por grupos que decidem produzir à margem do circuito comercial, colocando em debate temas como vigilância, trabalho, periferia e representação. A Belo Horizonte deste início de século é o cenário de Juventude e ocupação, que traz à tona possibilidades contemporâneas de ativismo estético e político.

O último garimpo (Núcleo de Estudos da Memória Popular do ABC, SP, 1984, 23’)
Diario de una mujer descasada (Grupo Proceso, Chile, 1993, 10’)
Preconceito contra o nordestino? (TV Maxambomba, RJ, 1991, 12’)
Videolência (Núcleo de Comunicação Alternativa, SP, 2009, 59’)
Juventude e ocupação (AIC/Rede Jovem de Cidadania, MG, 2011, 25’)

24 de novembro | 14h às 16h - Faça você mesmo: outras imagens

Se a aproximação entre artistas independentes e movimentos populares dá o tom dos momentos iniciais da história do audiovisual comunitário, o cenário contemporâneo revela outras nuances desse encontro: cada vez mais, jovens realizadores formados em oficinas decidem traçar trajetórias autônomas, trilhando caminhos estéticos particulares. Los últimos vermicellis nos transporta a esse momento inaugural, ao fazer da adaptação de um conto futurista do escritor Roberto Fontanarrosa uma delirante alegoria sobre o autoritarismo no Uruguai. Também é o caso de La clase de órgano, que faz da exploração da ironia e de uma estética retrô as fontes de uma divertida sátira sobre a censura e a hipocrisia da sociedade paraguaia. Nos outros filmes que compõem a sessão, é esse contexto recente que ganha proeminência. Em Briquitando, os jovens do Núcleo de Audiovisual de Padre Paraíso encontram novas cores para o cotidiano rural do Vale do Jequitinhonha. Em Desterro Guarani, o cineasta indígena Ariel Ortega produz uma reflexão sobre o contato dos Mbya-Guarani com os colonizadores, e tenta entender, a partir do filme, como seu povo foi destituído de suas terras. Há um movimento semelhante em Amaro, que experimenta uma narrativa lacunar sobre um dos maiores líderes indígenas do Peru. Cidade improvisada, por sua vez, revela o encontro da realizadora Alice Riff com o mundo do hip hop, em um filme que narra os problemas das grandes cidades brasileiras com a ginga do freestyle.

Los últimos vermicellis (Carlos Ameglio e Diego Arsuaga, Uruguai, 1988, 20’)
La clase de órgano (Juan Carlos Maneglia, Paraguai, 1990, 10’)
Briquitando (NAVIPP, MG, 2012, 13’)
Desterro Guarani (Ariel Ortega, Patrícia Ferreira, Ernesto de Carvalho e Vincent Carelli/Vídeo nas Aldeias, 2011, 38’)
Amaro (Juvenal Zamalloa Aguirre, Peru, 2012, 3’)
Cidade improvisada (Alice Riff, SP, 2012, 19’)


Mais informações:
http://www.aic.org.br/

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Lançamento do Documentário Sangoma

Bora chegá gente, sábado tem lançamento do Documentário "Sangoma" que tive o prazer de dirigir, sobre o trabalho belíssimo das Capulanas, pesquisando a saúde da mulher negra. NCA pondo mais um filho na rua e promovendo a arte e cultura popular!

Grato Capulanas Arte Negra, pela oportunidade e confiança!

domingo, 10 de novembro de 2013

Mídiativismo, no CEDECA Interlagos

Dia 22/11, Daniel Fagundes do NCA estará presente no ciclo de formação sobre mídiativismo e direitos humanos no CEDECA Interlagos. Falando sobre vídeo popular, organização coletiva na produção de mídia e educação audiovisual.

Bora lá?!

Informações no cartaz à baixo...