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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Recife

Pois é povo, essas imagens abaixo são de nossa ida à Recife, ou melhor Shan Grande, um município de Gravatá onde ocorreu a 1º Conferência livre de comunicação para a cultura, onde seriam reunidas ações de mídialivristas em pontos de cultura e pontos de mídia livre como nós!
Deixei as imagens aqui por um tempo sem texto sem nada, pra ver se alguém se manifestaria dizendo...Gozolândia! Ou...Boca livre! Sei lá, vocês tão Boneco hein! Ou coisa do tipo, mas não, ninguém disse nada, logo me manifesto sozinho!
Nós achamos que iriamos para Recife, mas só fomos graças ao amigo ecentrico de nome Caveira, lá de Belém que organizou sozinho um levante dentro do ilustrissimo hotel fazenda. Por um lado foi bom ter ocorrido o evento no local onde ocorreu, pois nos dedicamos mais ao debate, porém, à noite era um tédio só, no pior sentido que se pode imaginar, pois não falo isso pelos bares e mulheres, lá tinha isso também, mas o contato com a capital com a produção cultural do lugar, com a vivência das pessoas e seu contraste social. Enquanto isso, eu um cara que quase nunca vê piscina, nadava sozinho a despeito dos Boys que me observavam como o paulista que veio pra causar. Conehcemos ótimas pessoas de estados diferentes com hábitos e posições políticas bem distintas, isso valeu muito a pena, por lá deixamos nossa bolsa com os vídeos da galera de Sampa e do coletivo de vídeo popular. Nos debates nos posicionamos à favor do modelo de gestão popular, deshierarquizada e autônoma, à despeito dos muitos coordenadores e diretores de ONGs que estavam mais era querendo roer seu osso sem interferências, mas nós estavamos lá pra causar e causamos!
Como o Assunto de lá era bem parecido com o que ocorreu aqui em Sampa à dias atrás nós decidimos postar a carta de repúdio à II conferência de municipal de cultura, na qual não pudemos ir, mas viemos por meio desta manifestar apoio.

Moção lida publicamente na presença da Cecília (Representante do Ministério da Cultura e do Secretário de Cultura de São Paulo Augusto Calil) na II Conferência Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo).

Moção para a II Conferência Municipal de Cultura

Movimento 27 de Março

Poucos homens atingem seu tempo!

Pode um homem contemporâneo perceber o que está acontecendo de realmente importante em sua época? Às vezes, o que tem de importante não aparece no momento em que ocorre. É preciso que muitos outros também reconheçam aquilo como importante e, para isso, precisam saber, ter acesso àquilo que se diz importante.

A II Conferência Municipal de Cultura da cidade de São Paulo foi pensada e construída pela Prefeitura Municipal de São Paulo sem o tempo e os cuidados necessários. Isso tem conseqüências!

Sob pena de ficar fora do Sistema Nacional de Cultura, dos benefícios da PEC 150 e das parcerias propostas pelo governo federal, através de leis que hoje tramitam no Congresso Nacional, assumiu a realização da Conferência e convidou para a empreitada algumas entidades representativas dos trabalhadores da cultura da cidade.

Triste resultado!

A política da fome a que somos submetidos escancara suas fraquezas.
Qual é a história da Conferência Municipal de Cultura?

A I Conferência aconteceu em maio de 2004, foi precedida por duas pré-conferências em que participaram instituições que atuam no campo da cultura e nove pré-conferências territoriais, ocorridas nas mais diversas regiões da cidade. Milhares de pessoas se envolveram num debate democrático que levava o sonho de orientar, dar rumos à política cultural do município, a partir de necessidades reais. Foi nessa conferência que se consolidou o Conselho Municipal de Cultura, antiga reivindicação dos movimentos sociais. Este Conselho foi desativado desde que o atual secretário de cultural está no cargo. Naquele momento, conseguíamos perceber a importância do nosso gesto no sentido de construir uma cidade mais justa. Pensávamos que havíamos construído uma estrutura sólida que garantiria a continuidade do processo, mas não foi isso que aconteceu.

A II Conferência Municipal de Cultura desconsiderou toda esta rica história! Desrespeitou todas as discussões anteriores e os avanços porque pensa o mundo a partir de uma lógica míope e pragmática de mercado.

A Comissão Organizadora estabeleceu o limite de 650 participantes que poderiam se inscrever pela internet. Encerrou as inscrições antes do prazo definido por ela mesmo, e o resultado foi participação reduzida que tivemos.

As sugestões dos grupos de trabalho (que se formaram de maneira improvisada), foram repetidamente recusadas pelo secretário. Para corresponder às rígidas estruturas propostas pelo governo federal foram convidados debatedores “sob medida”, desrespeitando uma saudável e necessária pluralidade de opiniões. A coordenação dos trabalhos, em parte feita pelo próprio secretário, foi, em muitos momentos, autoritária, resultado do seu descontentamento com a obrigação de realizar esta tarefa democrática.

A escolha do local da Conferência, o Parque de Convenções do Anhembi, também parece ter sido “sob medida”. O acesso é difícil para aqueles que precisam ou optam pelo transporte coletivo. Os preços, da lanchonete ao estacionamento, são fora da realidade dos trabalhadores da cultura. A divulgação da Conferência, dada a importância e o tamanho da cidade de São Paulo, foi largamente insuficiente.

Esta Conferência foi um triste caldeirão com caldo amargo, onde o tempero principal foi a frustração. Os desejos de coletivos culturais, reprimidos durante cinco anos, foram condenados ao silêncio.

Recusamos a chantagem a que estamos sendo submetidos: aceitar ou... aceitar este estado de coisas. Repudiamos com veemência a organização e a condução dos trabalhos desta conferência!

Dois dias de trabalho simplesmente para votar o regimento. E o tempo para as dicussões diminuído drasticamente.

Pela investigação e pela análise do mundo objetivo, nossa arte pode contribuir para a mudança de consciência no nosso país, mas o poder público não pensa assim.

É preciso mostrar a necessidade de transformar a sociedade atual, é necessário mostrar a possibilidade dessa mudança e os meios para mudá-la.

Esta é uma Moção de Repúdio a todos os atos inconseqüentes promovidos na preparação e na execução da II Conferência Municipal de Cultura. Repúdio a todas as manobras, repúdio às palavras ríspidas, ao desrespeito aos movimentos organizados.

Trabalhadoras e trabalhadores em cultura da cidade de São Paulo

M27M

25 de outubro de 2009



Assinam também essa moção:

Fórum H2O Municipal SP

Associação de Arte artesanato e Cultura Karl

Roda do Fomento

APOESP (Aposentados Sub-Sede Norte) Movimento MMC

Mobilização Dança

Movimento Negro Gilson Negão

Arte pela Barbárie

Congresso Cultural de República do Brasil África Sustentável

Instituto CECAP Centro de Cultura Artística Popular

CNAB – Congresso Nacional Afro Brasileiro

Primado do Brasil Umbanda e Candomblé

Instituto Oromilade

CENARAB

Flo-Friendes Of Life Organization

AMEJAEB – Entidade Social (Dirce Lua)

GRCES – Academia Saída Frente (Dirce Lua)


Goteira Esporte Clube (Butantã)

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