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terça-feira, 17 de novembro de 2009

E. E. Vieira de Morais: Alunos e professores se unem contra arbitrariedade de diretora

por Rodrigo Andrade

Na última sexta-feira uma manifestação de estudantes e professoressacudiu a Escola Estadual Vieira de Moraes, na Cidade Dutra, extremo sul de São Paulo. Em todos os períodos foi declarada greve que,segundo os estudantes, foi amplamente apoiada, não tendo havido aula em nenhum dos turnos.

Sindicalistas e um carro de som da APEOESP apoiavam o ato, que pediu asaída da diretora da unidade, Elaine Feitosa, por atos dearbitrariedade, tanto contra alunos como contra professores, malservação de verba pública, humilhações públicas contra professores,desrespeito à livre escolha dos professores nas atribuições da aula, proibição da abertura de grêmio estudantil na unidade de ensino, bem como pela precarização na administração que tem cooperado para uma queda na qualidade do ensino na escola, pra não dizer sucateamento, considerada uma das melhores da região. Esta última já tão característica dos governos neoliberais do PSDB, assim como onivelamento por baixo do ensino público, estampado na criação das famigeradas cartilhas, que os alunos e professores também repudiam.

À noite, o ato pacífico contava com cerca de 300 pessoas e teve aparticipação, inclusive, de pais de alunos insatisfeitos também com asituação atual. Os participantes pediam a presença de Feitosa, que, segundo os alunos, tratou de taxar os manifestantes de baderneiros e reduzir sua causa “ao direito de chegar atrasado”, por conta da reclamação de professores que foram dispensados do dia de aula “por chegarem dois minutos atrasados”. Foram realizadas diversas falas evidenciando as exigências de alunos, pais e professores, e também o enterro simbólico da administração Feitosa.

Cabe ressaltar que, apesar do ímpeto de promover a greve, não havia piquete nos portões da escola, sendo a adesão dos estudantes ao ato, espontânea.
No entanto, o ato deste dia 13 de novembro não é o primeiro. Por inúmeras vezes alunos e professores tentaram dialogar sem sucesso coma direção, que se valeu da burocracia para emperrar os processos.

Em carta aberta o professor Luciano Paz de Lira cita diversas situações e tentativas de dialogo sem sucesso, passadas desde o começo do ano letivo, reiterando-a depois em carta à direção, datada de 2 de setembro de 2009.

Alunos e professores criaram um blog sobre a escola(http://revolucaoeducacional.blogspot.com/), onde relatam a situação,as experiências, os atos, publicam cartas, manifestos e realizam discussões on-line.

Uma primeira manifestação foi realizada em 10 de março, segundo os estudantes, por conta da direção se negar a dar assistência a uma aluna que se sentia mal. A diretora não só negou a assistência como chamou a polícia para conter as manifestações. Após as ações, vários alunos foram ameaçados de transferência e expulsão, e foi pensada aorganização estudantil através de um grêmio, que também foi impedido pela direção, sob a alegação de que “só maiores de idade podem realizar a organização através de associações”, ou seja, alunos de ensino médio não teriam direito de organizar um grêmio.

Após as atividades, que terminaram por volta de 20h30, alunos e professores prometem manter-se mobilizados e em luta, na busca de uma alternativa que garanta os direitos e dignidade de alunos eprofessores, bem como a recuperação qualitativa do ensino na Escola Estadual Vieira de Morais.

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