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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A verdade sobre o conflito na Grécia

Algo que o SBT, Globo, Record e outras emissoras de bosta não veicularam...

Enviado por Moésio Rebouças (moesioreboucas@yahoo.com.br)

[Grécia] Comunicado desde a ocupação do Instituto Politécnico de Atenas

[Nas barricadas, nas ocupações da universidade, nas manifestações e nas assembléias mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de Michalis Kaltezas e de todos os companheiros que foram assassinados pelo Estado, fortalecendo a luta por um mundo sem amos e escravos, sem polícia, sem exércitos, sem cadeias e sem fronteiras.]

"No sábado, 6 de dezembro de 2008, Alexandros Grigoropoulos, de 15 anos de idade, companheiro, foi assassinado a sangue frio, com uma bala no peito por um polícia na zona de Exarchia.

Contrariamente às declarações dos políticos e jornalistas, que são cúmplices dos assassinatos, isto não foi um "incidente isolado", mas uma explosão da repressão estatal que, sistematicamente, e, de maneira organizada, aponta aqueles que resistem, os que se rebelam, os anarquistas e antiautoritários.

É o pico do terrorismo de Estado, que se expressa com a evolução da função dos mecanismos repressivos, seu armamento ininterrupto, o aumento dos níveis de violência que utilizam; com a doutrina da "tolerância zero"; com a calúnia da propaganda dos meios de comunicação, que penaliza os que lutam contra a autoridade.

São estas condições que preparam o caminho para a intensificação da repressão, tratando de extrair o consentimento social de antemão, e eles cobram as armas dos assassinos de Estado de uniforme!

A violência mortal estatal contra o povo na vida social e à luta de classes têm por objetivo a submissão de todo mundo, atuando como castigo exemplar, destinado a difundir o medo.

É parte do grande ataque do Estado e da patronal contra toda a sociedade, com o fim de impor as mais duras condições de exploração e opressão, para consolidar o controle e a repressão. Da escola às universidades, às cadeias com a escravidão, às centenas de trabalhadores mortos nos chamados "acidentes de trabalhos”, e a pobreza que atinge um grande número da população... Desde os campos de minas nas fronteiras, os programas e os assassinatos dos imigrantes e dos refugiados, aos numerosos "suicídios" nas cadeias e delegacias de polícia... dos "tiroteios acidentais" da polícia nos bloqueios à violenta repressão das resistências locais, a democracia está mostrando os seus dentes!

Desde o primeiro momento depois do assassinato de Alexandros, manifestações espontâneas e distúrbios explodiram no centro de Atenas, a Politécnica, o Conselho Econômico e as Escolas de Direito estão ocupadas e os ataques contra o Estado e objetivos capitalistas acontecem em diferentes bairros e no centro da cidade. As manifestações, os ataques e os enfrentamentos surgem em Salónica, Patras, Volos, Chania e Heraklion, em Creta, em Giannena, Komotini e muitas outras cidades. Em Atenas, na rua Patission -fora da Politécnica e da Faculdade de Economia- os embates duraram toda a noite. Na saída da Politécnica, a polícia de choque utilizou balas de plástico.

Domingo, 7 de dezembro, milhares de pessoas marcharam em direção ao quartel geral da polícia em Atenas, atacando a polícia antidistúrbio. Enfrentamentos de uma tensão sem precedentes explodiram nas ruas do centro da cidade, durando até o começo da madrugada. Há muitos manifestantes feridos e numerosos detidos,

Mantemos a ocupação da Escola Politécnica que começou na noite de sábado, criando um espaço para todas as pessoas que lutam para avançar e um dos focos de resistência de caráter permanente da cidade.

Nas barricadas, nas ocupações da universidade, nas manifestações e nas assembléias mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de Michalis Kaltezas e de todos os companheiros que foram assassinados pelo Estado, fortalecendo a luta por um mundo sem amos e escravos, sem polícia, sem exércitos, sem cadeias e sem fronteiras.

As balas dos assassinos uniformizados, as detenções e surras nos manifestantes, o gás químico arremessado pelas forças da ordem, só não podem impor o medo e o silêncio, mas, também, que são convertidos para que as pessoas tenham razão para lutar contra o terrorismo de Estado e encarar a luta pela liberdade, para abandonar o medo e para encontrar-nos -cada vez mais a cada dia- nas ruas da revolta.

Deixamos que flua a fúria e os afoguemos! O terrorismo de Estado não passará!

Liberação imediata de todas as pessoas presas nos acontecimentos de sábado e domingo (7 e 8 de dezembro)!

Enviamos nossa solidariedade a todas as pessoas que ocupam as universidades, as que se manifestam e lutam contra o terrorismo de Estado em todo o país!”

Assembléia de Ocupantes da Universidade Politécnica de Atenas

agência de notícias anarquistas-ana

silêncio profundo —

só o respirar das flores

no sopro da brisa

Leonilda Alfarrobinha

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

NCA na Cooperifa (lá o Entretodos também será Entrenóis)


Mais uma exibição do 2º Festival de Direitos Humanos Entretodos, mas como é na quebrada e nóis que ta fazendo então é Entrenóis, dessa vez na Cooperifa a morada da poesia no Chácara Santana no dia 10/12 amanhã, Rua Bartolomeu dos Santos, 797. Próximo ao largo da Piraporinha depois do Term. Guarapiranga.

Estamos passando de um extremo à outro na zona sul passando os vídeos levando o audiovisual e promovendo a humanidade.
Exibiremos a seleção de vídeos da mostra competitiva entre outros à partir das 19hs, então se você está acostumado a só chegar as 20hs para o sarau desta vez chegue mais cedo!


Nesse mesmo dia na Cooperifa além do já tradicional sarau teremos o lançamento do Livro: NEGRAFIAS. Literatura e Identidade. Uma homenagem ao poeta Solano Trindade! O livro Negrafias,é uma antologia de textos literários produzidos por autores negros, que aborda diversos gêneros, como: conto,poesia, teatro e HQ.A publicação de Negrafias surge como fechamento da série de eventos " Os Novos Griots", um sarau cultural onde foram realizados lançamentos de livros com o objetivo de reunir curiosos de todo gênero em torno das produções da vertente negra na literatura brasileira. Os eventos foram organizados em parceria com a Oriashé – Sociedade de Brasileira de Arte e Cultura Negra – durante os anos de 2006 e 2007, no bairro Cidade Tiradentes, em São PauloDessa vez será na Cooperifa, quilombo de palavras vivas, covocando axé e fortalecendo a caminhada com a parceirada lá na Zona Sul. É pra vim, viu ? Org. Marciano Ventura - Prefácio: Oubi Inaê KibukoAutores - Akins Kinte, Allan da Rosa, Carlos Alberto, Cidinha da Silva, Clodoaldo Paiva, Elis Regina F. do Vale, Elizandra de Souza, Giovani di Ganzá, Jonnhy Pqno, Miguel, Marciano Ventura, Márcio Folha, Michel Silva, Raquel Almeida. O livro estará sendo vendido a $10,00


sábado, 6 de dezembro de 2008

NCA no Fagulha (lá o Entretodos será Entrenóis)

Exibiremos hoje uma sessão do festival de "Direitos Humanos" Entretodos no fagulha como parte da programação de exibições itinerantes, mas lá como será muito mais humano que o festival chamaremos de Entrenóis!!


Olá companheir@s

O ano de 2008 foi muito corrido, muito cheio de atividades e ações no Espaço Cultural FACA.

Mas ainda não acabou!!!

Em 6 de dezembro, às 14h, ocorrerá a 5ª Mostra Cultural Alternativa - Fagulha,
último evento deste ano no FACA.
Como sempre recheado de arte, debate, troca de conhecimentos, intervenções, atuações e afins...
Neste evento contaremos com a participação dos manos do IMARGEM, que trarão seu DebatePapo ao Fagulha com espaço para graffitar; d@s man@s do NCA, que realizarão exibições de vídeos; as músicas de SLIM RIMOGRAFIA, CRIOLO DOIDO, NEW RISE e NOVAS RAÍZES; atuação cênica da nossa companheira Adriana Fortes; Roda de Discussão, com Adriana Fortes(permacultora), Solano Jacob(biólogo e músico), André(historiador e prof. universitário); e, por último mas não menos importante, as intervenções que VOCÊ trouxer para participar do evento, sejam poesias, músicas, danças, interpretações e afins!!!

é só colar:

DESSA VEZ A FAGULHA PEGA FOGO !!! e vc não vai querer perder vai ?

dia 6 de dezembro - 14h - Espaço Cultural FACA
Rua Alziro Pinheiro Magalhães, 580, Projeto Anchieta - Jd. Itajaí - Grajaú

pegue a lotação 6016-Jd. Noronha no Terminal Grajaú

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Salve Brava Cia.

Panorama Teatral Sul começa nesta sexta acompanhe a programação:

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Programação completa (Semana do vídeo Popular)

Participe da Semana do Vídeo Popular

para assistir, conhecer, pensar, propor, falar e ser ouvido! Confira a programação!

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DO VÍDEO POPULAR
O TEMPO TODO Festa do Rolo, onde todos poderão trocar vídeos, poesia, música...

SEXTA-FEIRA - 28/11/2008

19h - ABERTURA - Exibições de curtas produzidas pelos grupos que participam do movimento do vídeo popular em São Paulo e abertura da feira do rolo.



EXIBIÇÃO DO VÍDEO POPULAR - PROGRAMA 1

O que pode ser diferente - Realização Coletiva, 15', São Paulo/SP, 2008

Real Conquista - Movimento do Vídeo Popular, 12', Goiânia/GO, 2008

Na real do Real - Favela Atitude, 10', São Paulo/SP, 2008

Narrativas da Sé - Diogo Noventa, 20', São Paulo/SP, 2008




SÁBADO - 29/11/2008

14H - DEBATE ABERTO. Entre os presentes:
- Luiz Fernando Santoro
- Wilq Vicente – mediador/apresentação da nossa caminhada

além de diversos coletivos audiovisuais!



19H - EXIBIÇÃO DO VÍDEO POPULAR - PROGRAMA 2

Paralelo: espasmos de realidade - NCA – Núcleo de Comunicação Alternativa, 17', São Paulo/SP, 2006

Azia Amazônica - Jussara Félix Figueiredo, 4', São Paulo/SP, 2008

Se eu não puder falar eu grito: a Brasilândia tem fome de direitos - Realização Coletiva, 10', São Paulo/SP, 2006

Desencontros - Coletivo Fabicine, 10', São Paulo/SP, 2007

Marcha dos 5000 - MTST, 9', São Paulo/SP, 2007

Difusão Comunitária Heliópolis - Nossa Tela, 12', São Paulo/SP, 2008



DOMINGO - 30/11/2008

14H - DEBATE ABERTO. Entre os presentes:

- Altair Moreira – Secretaria Estadual de Cultura – Projeto Fábrica de Cultura
- Celso Santiago – Coordenadoria de Cultura dos CEU's (a confirmar)
- Nabil Bonduki - vereador (um dos proponentes do Programa VAI)

- Luis Eduardo Tavares - Instituto Pólis - mediador

além dos coletivos audiovisuais



19H - EXIBIÇÃO DO VÍDEO POPULAR - PROGRAMA 3

Negro Drama - Cláudio Nunes, 25', São Paulo/SP, 2008

Espaguete a brasileira - Instituto Criar, 9', São Paulo/SP, 2007

A casa caiu - Cine Favela, 15', São Paulo/SP, 2007

Arte na Rua Keller - Oficinas Kinoforum, 5', São Paulo/SP, 2008

Uma velha bola murcha - Graffiti com pipoca, 5', São Paulo/SP, 2007

Solitude pontocom - Rodrigo Ribeiro, 15' min, São Paulo/SP, 2008

O Preço da luz é um roubo - Brigada de Audiovisual da Via Campesina, 9', São Paulo/SP, 2008

NCA no Aprendiz Comgáz



SALA 15 – Núcleo de Comunicação Alternativa

Área de Atuação: Cultura e comunicação

Site: ncanarede.blogspot.com

O projeto comunicará como surgiu e porque, apresentarão alguns vídeos que exibem na Zona Sul de São Paulo. Mostrarão a possibilidade que enxergam o que está na atual produção vídeográfica periférica, que movimenta uma série de discussões em diversos ambientes da cultura.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cine Becos - A música é uma arma


Neste mês o Cine Becos exibe o filme "A Música é uma Arma", produzido pelos franceses Jean-Jacques Flori & Stéphane Tchalgadjieff, no qual mescla depoimentos do músico nigeriano Fela Kuti e cenas jornalísticas dos confrontos entre o Exército nigeriano e os civis. Faz um panorama histórico da resistência por parte da população africana à invasão das multinacionais no país.


Após a exibição, uma conversa com Salloma Salomão


Quem foi Fela Kuti
Fela Anikulapo Ransome Kuti (
Abeokuta, 1938 — 1997) foi um multi-instrumentista nigeriano, músico e compositor, pioneiro da música afrobeat, ativista político e dos direitos humanos.

Fela Kuti nasceu em Abeokuta, no estado de Ogun, na Nigéria em uma familía de classe média. Sua mãe, Funmilayo Ransome-Kuti, foi uma feminista atuante no movimento anti-colonial, e seu pai, Reverendo Israel Oludotun Ransome-Kuti, um pastor protestante e diretor de escola, foi o primeiro presidente da União Nigeriana de Professores. Seus irmãos Dr. Beko Ransome-Kuti e Olikoye Ransome-Kuti, eram ambos conhecidos na Nigéria.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fela_Kut



Quem é Salloma

Salloma" Salomão Jovino da Silva -Doutor em História Social pela PUC/SP; Educador, Músico e Pesquisador visitante do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa,

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Registro de antigas exibições

Se liga o que fizemos em parceria com o CEDECA-Interlagos outro dia na praça entre as favelas 19 e 20 no Rio Bonito enquanto exibiamos "Tapete Vermelho".





Mostra Cultural da Cooperifa (foi assim)



Salve povo,
Rolou e foi importante!!
A semana cultural proporcionada pela cooperifa aconteceu e como diria o mestre Solano Trindade, pesquisou nas fontes de origem e devolveu ao povo em forma de arte, mesmo que em pequena escala deu a oportunidade das comunidades do eixo extremo da zona sul da grande Sampa Mundi de conhecer o trabalho de alguns artistas que há muito se dedicam a provocar através da arte, reflexões, confusões, alegrias , tristezas e identificação.
A quinta feira foi o dia do cinema e mesmo não tendo sido dado os devidos créditos, foi concretizada pelo NCA que fez a curadoria dos filmes africanos (do AFRICALA, através do Centro Cultural da Espanha) e dos das quebradas Brasileiras que lá foram exibidos, nós em conjunto com a equipe do CEU Campo Limpo realizamos a projeção que teve lá seus problemas técnicos devido ao improviso de alguns vídeos que tivemos que inchetar na programação em cima da hora para cobrir o furo de dois longas não liberados pelo AFRICALA. Normal, eu que estive praticamente em todos os dias da mostra vi problemas técnicos acontecerem comunmente nos dias por mil fatores, nada que atrapalhace a grandeza do evento, que por sua vez foi realizado por coletivos independentes, por grupos musicais, por ativistas culturais, por crianças, por gente simples e de coração aberto a Cooperifa apenas mediou esse laço, assim como ocorre naturalmente toda quarta feira no bar do zé batidão, pessoas se encontram e fazem algo acontecer, algo que envolve várias pessoas de lugares e dores distintas, algo que extrapola o nome "Cooperifa" e que emana das circuntâncias e da contribuição de todos.
A Cooperifa é um grande lugar de encontro, encontro das nossas angústias, das nossas vivências, dos nossos amores, das nossas contradições, por que não?! Foi nessa quinta feira do cinema que confirmei que o video popular que fazemos é bem diferente do "cinemão" de Jeferson De e outros metralhas, diferente não significa melhor, mas sim não igual, esse encontro foi proporcionado por essa Mostra Cultural encabeçada pela Cooperifa e feita por todos, mesmo não sendo sua vertente artistica estes que criaram essa casa nos chamaram a debater cinema na periferia e acredito eu agora que tendo feito isso nos aproximaram como linguagem, o cinema é texto assim como a palavra e pode ser feito na quebrada com a nosso cara e as nossas mãos, enfim foi uma parceria importante, e espero que continue sendo. Precisamos somar e não divir, mas nesta soma temos sempre que lembrar que lidamos com gente e sempre construir junto, com a subjetividade de cada um respeitada, com a caracteristica de cada grupo considerada e exposta pra todos.
O trabalho tá só começando não devemos esquecer isso, toda essa semana foi maravilhosa, mas é um grão de areia no mar de possibilidades de ação que podemos edificar, chegamos enfim ao começo!!

http://colecionadordepedras.blogspot.com/2008/11/1-mostra-cultural-da-cooperifa-cinema.html

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Poema: Documentário

As rugas que trago hoje no meu rosto
Refletem o amor que dediquei, estou sendo franco.
Amei crianças, amei as rosas, amei mulheres.
O meu passado mostro nos cabelos brancos.

Que saudade da mamãe, oh! mocidade.
Lembro o meu pai caminhando lá na sala.
Seus passos lentos exigiam os meus cuidados.
Ah! Se eu pudesse novamente ouvir sua fala.

Tudo isso me traz recordações
O jardim, o São João, aquela dança.
Meu Deus como é gostosa essa saudade.
Sinto que é saudável esta lembrança.

Os amigos, minhas irmãs todo dia
Lembram de tudo que vivi quando criança
Morrer na terra que me viu nascer
Oh! Deus, te peço, é a última esperança

Eládio Pereira Mota
http://eladiopoeta.blogspot.com/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cinema de Quebrada na USP

É hoje, e tem debate com alguns realizadores de grupos que integram o vídeo...

Mostra Cultural da Cooperifa

1ª MOSTRA CULTURAL DA COOPERIFA já saiu do forno, agora, é só se ligar na programação e curtir uma semana inteira de atividades culturais, preparadas especialmente pra você, e o que é melhor, tudo de graça.
Esta Mostra que acontece do dia 18 a 23 de novembro, tem como objetivo comemorar os sete anos da Cooperifa, e vem um pouco na esteira da "Semana de arte moderna da periferia" que nós e vários grupos da região fizemos no ano passado, só que agora num formato menor, e com outro objetivos.
Desta vez queremos misturar tudo - em todos os sentidos-, pra ver no que que dá.

O NCA também parceiro da Cooperifa, estará mostrando na tela do CEU Campo Limpo produções das quebradas diversas sobre a cultura negra em fusão com a mostra AFRICALA.

Compareçam!!

Semana do Vídeo Popular


Compareçam!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Produzimos imagens, mas e o Imaginário?!

Gostaria de produzir a imagem-enigma, que como estética tivesse a possibilidade de produzir o questionamento, o pensamento como princípio primeiro... Não necessito de auto-representação ou representação de moradores de quebrada, aliás, sigo na contramão do discurso de “nossas” ONGS atuais, que são um tanto quanto empreendedoras, que batem na tecla da necessidade dos periféricos falarem sobre si; de que esta fala (ou produção de imagens) próxima da realidade que se vive, tem mais autoridade de verdade da que não é; desse discurso que busca a “solução” na auto-representação, na possibilidade de fala dos excluídos, que sabemos muito bem, que não passa de produção, e de uma produção que não alça vôos para além de quem faz, pois nossa atuação fica restrita apenas enquanto “atuação visual”. Estamos entulhados no discurso do “todo mundo pode produzir, hó que lindo!”, mas também entendo que esse discurso está muito mais próximo da lógica que permeia a indústria (cultural, consumista, televisiva, tecnológica...), que não só estimula o consumo, mas também a falsa idéia de que somos livres para atuações verdadeiras nesta sociedade, de que nossa subjetividade está garantida e devemos mostrá-las ao mundo... Vivemos na sociedade da imagem, até podemos produzi-la, mas qual é a nossa real capacidade de decifrá-la? De lê-la? Entendemos sua gramática, sua lógica, sua técnica? Sabemos escrevê-la, ou somos uma espécie de semi-analfabetos da imagem tentando dar suas primeiras escrevinhadas com câmeras produzidas pela Sony, Panasonic, Canon, emprestadas de alguma instituição ou colaborador? Mas o que mais me incomoda, não é essa questão de sermos, ou não, semi-analfabetos na produção de imagens (porque, alias, somos em muitas outras coisas), e sim a fácil/falsa idéia de que basta termos um olhar diferenciado perante a realidade para que esta seja diferente, ou melhor, de que produzir uma imagem diferente da imagem que a “mídia elitista” produz sobre nós, é em si uma afronta e uma possível mudança no imaginário das pessoas em relação aos excluídos, que somos nós: periféricos, pobres, homossexuais, sem acesso, negros, coitadinhos, “meus meninos”, favelados, mulheres, mais um entre a massa, apenas um número...

Gostaria de produzir a imagem-ação, que exigisse de cada um, não a identificação direta com a imagem produzida, mas a busca do que lhes constituem enquanto pessoa, imagem que se desse para além de representar o que as pessoas são, querem, ou podem ser, como faz a maior parte da produção dos nossos dias... Nós grupos, coletivos e realizadores do chamado audiovisual-periférico/independente/popular, que tentamos fugir da lógica mercadológica, do discurso fácil/falso que nos rodeia, temos a responsabilidade (e de certa forma até a queremos), da desmistificação da produção audiovisual (acho que é o que está mais ao nosso alcance), somos um povo que ainda se encanta com a novela das oito; que “perde” tempo em discuções sobre um seqüestro televisionado por três ou quatro dias; que pouco sabe, de fato, sobre nossa economia atual porque ela não é televisionada; que tem prazer em assistir a Xuxa, o Gugu, o Faustão (representantes de nosso divertimento)... Vejo a possibilidade de desmistificação quando subo becos apertados, em alguns dos morros da zona norte e me deparo, em um pequeno espaço ao ar livre, com uma projeção de vídeos produzidos fora da lógica comercial, em um domingo para cerca de umas vinte crianças (estou citando em específico o trabalho do Cinescadão), que poderiam estar muito bem trancafiados em casa acompanhados da TV; vejo a possibilidade quando sei que são diversas as quebradas que realizão atividades parecidas (CineBecos, Filmagens Periféricas, Nossa Tela, Brigada de Audiovisual da Via Campesina...), mas também sei e vejo que ainda não passa de possibilidade... Produzimos imagens, correto! Produzimos o imaginário? Tenho mil ressalvas em relação á isso. Ainda somos permeados e atravessados pela lógica do capital. Por quanto tempo resistiremos à falta de dinheiro? Por quanto tempo ainda conseguiremos trabalhar e realizar nossas atividades?

Gostaria de produzir a imagem-fragmento, que longe de produzir a verdade, produza dúvidas, questionamentos, que reclame de cada individuo sua interpretação do “mundo”... Na verdade, não tenho como maior necessidade produzir vídeos, participar de festivais e ser premiado, não necessito e nem faço questão dessa legitimação, aliás, acho que a maioria dos processos que englobam o audiovisual é espetacular; tenho sim, como maior necessidade as atividades que se colocam fora da produção industrial/mercadológica/comercial, e vejo no vídeo a possibilidade de se englobar a tais atividades, como parte do que pode possibilitar uma mudança (por exemplo: organizações sociais; coletivos com propósitos políticos atuantes em comunidades; em conjunto de situações emergentes advindas da realidade e que se dê a partir dela, não enquanto sua representação...). Nossa produção de imagens deveria resgatar nosso imaginário corrompido, nosso passado destroçado, nossas linguagens esquecidas, a nós mesmos... Por esses dias estava pensando comigo mesmo e me questionei sobre qual é a imagem que tenho da periferia, tentando me desvencilhar das imagens corriqueiras (produzidas) de miséria estrema, de armas e drogas, consegui visualizar duas: uma era dois velinhos (um homem e uma mulher), de pele escura, cabelos brancos, cheios de rugas, sentados num beco em um banquinho, rodeados de algumas crianças, contando estórias antigas; a outra era a imagem de tratores empurrando seres humanos para fora de um “centro” (que para mim não significa um centro geográfico, mais econômico e político/ideológico) em conjunto da frase “de que o que está fora do ‘centro’ é descartável”... Quero produzir imagens não para me englobar, não para ser incluído no mercado de entretenimento, mas para ser parte constitutiva do que pauta a necessidade de mudança...


Fernando Solidade Soares

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Um segredo no Céu da Boca



Salve rapa!!
Pois bem, nesta quarta a edições toró em parceria com a Cooperifa lança o livro
"Um segredo no Céu da Boca", livro feito pra mulecada das nossas quebradas, de linguagem e alma nossa...
Dois contos que eu escrevi compõe a escrivinhança "Terra de Ciço" e "Conto de foda",
é um livro colorido e construido na crueza periférica e na singeleza do prosar infanto-juvenil...

Espero todos por lá!!!
Levem seus pequenos pra comungar a literatura.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Foi assim (Exibição: O Aborto dos outros)




Piratas são eles!

Pois é gente, rádio livre é exercício do direito de se expressar!
eles querem o ouro, nós a cidadania! Viva as rádios comunitárias e
foras da lei!


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Nóis na tela...

Pois é, dia 25 no Cineclube Pólis estréia o vídeo de Rose Satiko sobre os grupos audiovisuais na quebrada, o NCA é um deles, na tela falamos sobre o que pretendemos com o vídeo nas regiões onde moramos e passamos, o vídeo é interessante para que reflitamos sobre como o vídeo esta sendo empregado nas ações dos coletivos e qual o intuíto de cada um com seu trabalho.

sábado, 20 de setembro de 2008

Cinebecos na Casa de Cultura de M Boi Mirim



27/09- excepcionalmente sábado

17h - infantil



Príncipes e Princesas

Direção: Michel Ocelot

Neste criativo filme de silhuetas animadas, uma menina e um menino encenam fantásticas peças de teatro, auxiliados por um velho técnico desempregado. Eles se transformam em herói e heroína de seis contos e viajam para todos os cantos do mundo, indo do passado remoto ao futuro distante. O filme apresenta um universo de elegantes e encantadoras figuras que deslumbram espectadores de todas as idades, mostrando a beleza do Antigo Egito, a poesia da arte japonesa, o romance da Idade Média e os prodígios do ano 3000.



19h - adulto



Escritores da Liberdade

Direção: Richard LaGravenese

O filme se passa em um período em que estourava nas ruas a guerra interracional americana, onde para os jovens da classe de Gruwell, conseguir sobreviver o dia a dia da guerra entre as raças no meio da rua, já era um feito muito grande. E é a partir do respeito e a forma de tratar os alunos como nenhum outro professor havia tratado, ou seja, escutando-os como adultos que estavam se formando, que a nova professora conquista um a um. Enquanto escrevem seus projetos, os alunos saem em busca de se tornarem eles mesmo esses heróis. E pela primeira vez eles poderão experimentar a esperança de que talvez eles possuam a chance de mostrar ao mundo que suas vidas também fazem o diferencial e que eles possuem algo a dizer ao mundo.



Casa Popular de Cultura de M'Boi Mirim - Av. Inácio Dias da Silva, s/n – Piraporinha - Zona Sul. Dia 27/09 (sábado), a partir
das 17h. Entrada Franca. (11) 5514-3408 / 7620-6233

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Imargem neste domingo 21 de setembro no Jd. Monte Verde e Jd. Prainhas

Neste domingão dia 21 de Setembro de 2008, o Imargem fará uma série de ações nos bairros Jd. Monte Verde e Jd. Prainhas:

10hs - Inauguração da 2ª Lixeira artistica do projeto, produzida pelo artista e agente marginal Julio Cesar Batchura;
10h30 - Inauguração do painel em graffiti produzido pelos artistas e agentes marginais Marcus Vinicius Enivo, Rodrigo Obranco, Marcus Vinicius Angioletto e Wellington Neri;
11h00 - Oficina ao ar livre itinerante: Arte, Meio Ambiente e convivência
Esta oficina será num percurso até a escola E.E Condominio Carioba Monte Verde, culminará com um debate papo sobre os três eixos do projeto: Arte, Meio Ambiente e Convivência tendo inicio às

13h30 Debate papo Imargem: Arte, Meio Ambiente e Convivência
Local: E.E Condominio Carioba Monte Verde, Rua
da União, s/nº Jd. Monte Verde

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Saiu no Balaio...

Pois bem, o seguinte texto é uma reflexão feita por mim, Daniel FagundeS. Sobre o que caracteriza esta produção videográfica de quebrada. Saiu na última edição do Balaio Cultural, informativo cultural do Grajaú. conheça mais sobre o Balaio na lista de links ao lado.

Cinema Periférico? Como assim?

Uma câmera na cabeça e uma idéia nas mãos e da janela do busão vejo imagens, imagens que diversos outros caras vêem nos diversos outros espaços desta cidade, mas não com o mesmo olhar (Sampa Mundi); Gente sorrindo, gente brigando, gente correndo, faminta, chorando, enormes prédios, barracos, viadutos, áreas improdutivas, valas comuns, bocas de lobo, bocas de fumo, esgoto a céu aberto, barricadas, casas de lona, bares, botecos, fast foods, motéis baratos, hotéis 5 estrelas...Novos olhares sobre a mesma coisa, imagens cotidianas de uma realidade comum pelo menos no que diz respeito a geopolítica (CAOS); Nosso pai, nossa mãe, nossa vida, nossa lida, nossa breja, nossa santa igreja, nosso terreiro, nosso samba, nosso Rock`n Roll...Pessoas de diversas caras, de diversos lugares, com diversos desejos, fundadas no concreto e na lama da paisagem urbana e semi rural das periferias, todos buscando algo pra afirmar sua existência, buscando um ponto comum, uma identidade na falta de identidade (Padrão); Seria o "Cinema periférico" uma necessidade de nomear mais uma manifestação artística residente no corpo cultural da cidade? Teria característica de um estilo cinematográfico? Um movimento? Político? Apolítico? Apocalíptico? Teria vindo de onde? Qual seu objetivo? Muitas destas perguntas não tem resposta, pelo menos por enquanto, mas algumas constatações podem ser feitas. O chamado "Cinema Periférico" é uma manifestação recente que eclodiu no balaio das diversas manifestações artísticas que a periferia pode expor nos últimos tempos, assim como a literatura, as artes plásticas, a dança, o teatro, e uma porrada de ações que sempre existiram, mas que agora estão tendo visibilidade por descoberta da mídia ou por reconhecimento público, sei lá. Surgiu no final dos anos 90 início de 2000 graças ao barateamento de equipamentos digitais de registro, que possibilitaram o acesso a câmeras filmadoras à classes desfavorecidas. Sua chegada, advinda de oficinas de curta duração realizadas por ONGs, incitaram nos jovens destes lugares uma necessidade dormente, a de contar histórias, com seu próprio olhar, sua própria vivência. O personagem querendo sair de seu papel começava a ganhar espaço, mesmo que mal quisto, mal visto, começava a chamar atenção. De estética pouco trabalhada, ora pela falta de conhecimento, ora pela falta de apreço, com pitadas de cinema novo e cinema marginal, mas com menos poderio político, o vídeo feito nas periferias começa a ser mais difundido. Espaço em festivais, editais para produção, parcerias e o acompanhamento das ONGs, as vezes auxiliando, as vezes explorando, mas visivelmente próximas, este audiovisual tem como característica a temática social, pouco potencializada, mas evidente. Seus realizadores, muitas vezes mais familiarizados com a linguagem televisiva, caminham num meio termo entre a reprodução e a inovação. Fenômeno fomentado pela experimentação na prática e pela pouca autocrítica. A produção tem pontos muito interessantes como, a criação coletiva e a formação de núcleos de produção independente, que aglutinaram diversos ex-educandos de projetos sociais em vídeo como meio de sobrevivência da atividade, impossibilitada de continuidade depois do fim das oficinas realizadas. Estes núcleos contabilizam aproximadamente um montante de 25 grupos espalhados pela cidade, divididos em áreas específicas (exibição, formação, produção, disseminação) e pulverizados nos quatro cantos de São Paulo. Atualmente os mesmos tentam se articular, seja para pressão na formação de políticas públicas, ou para contatos e parcerias. O futuro do audiovisual como expressão cultural das camadas populares, depende da solidificação desta produção, de sua formação e disseminação, para a identificação pública e criação de novas percepções estéticas. Uma criança começa a dar seus primeiros passos. Uma criança teimosa e surpreendente.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Pré lançamento do filme: O Aborto dos Outros



O NCA em parceria com a Brasucah produções e o CEDECA-Interlagos exibe em primeira mão O aborto dos outros
no dia 10 de setembro quarta feira às 15hs no Espaço Novo Movimento no
CEDECA-Interlagos, Rua Nossa Sra do Nazaré, 54 - Cidade Dutra,
teremos 100 lugares sujeitos à lotação.

Compareça e aprecie o cinema nacional de qualidade.

Sinopse:
O aborto dos outros é um filme sobre maternidade, afetividade, intolerância e solidão. A narrativa percorre situações de abortos realizados em hospitais públicos – previstos em lei ou autorizados judicialmente – e situações de abortos clandestinos. O filme mostra os efeitos perversos da criminalização para mulheres e aponta a necessidade de revisão da lei brasileira.

Ficha técnica
Direção: Carla Gallo
Roteiro: Carla Gallo
Direção de Fotografia: Aloysio Raulino e Julia Zakia
Produção Paulo Sacramento
Produção Executiva: Moema Muller
Direção de Produção: Liniane Haag Brum
Montagem: Ide Lacreta
Editor de som: Ricardo Reis
Técnico de som: Guile Martins
Empresa Produtora: Olhos de Cão

72 min, 35 mm, 2008
Dolby Estéreo Digital
Janela: 1: 1.85

Após a Exibição um debate com a diretora!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Tortura nunca mais e de nenhuma forma!!











No Dia 24 de agosto, o NCA se reuniu ao coletivo SubMarino Vermelho para realizar uma manifestação em memória aos mortos e desaparecidos na ditadura militar no Brasil, caminhando um pequeno trecho da Rua Tutóia até o 36º Destrito policial antigo DOI-CODI, local onde no passado próximo centenas de militantes foram mortos e toturados por agentes do governo militar, jovens de hoje e de ontem, inclusive ex-torturados estavam presentes para relembrar a luta.
O NCA contribuiu com o ato com o pensamento de que a tortura ainda hoje é viva, não só na ação policial ativa nas periferias de todo o Brasil, mas na idéia de progresso vendida pelo regime ditatorial, que trouxe milhões de migrantes para serem violentados com uma vida que nada tem a ver com o paraíso construído em torno da grande São Paulo, milhões de trabalhadores nem siquer souberam o que foi essa página sangrenta de nossa história, minha avó por exemplo só sabe dizer que o ensino daquela época era bom, passadeira, trabalhadora de linha de produção nem percebeu a história que à vitimava, nunca ficou rica, se aposentou com problemas de saúde e com um salário de fome e ainda hoje tem muito superficialmente noção do que aconteceu na época, este ato foi de extrema importância, mas pouco divulgado na grande mídia e por isso precisa ser repetido nas diversas quebradas desta cidade para que resgatemos nossa história omitida e façamos com que o presente e o futuro do nosso país seja melhor, com direitos humanos garantidos e punição aos torturadores de agora e de outrora!!!


fotos: Carlos Gimenes

No abismo das preces virtuais

Salvo de acreditar que penso, sublimo!!
Vejo meu corpo explodir em contato com a crescente masturbação técnica,
mecânica e visceral que envolve à todos,
não há verso em ambiente digital que possa vencer o abraço,
não há espaço pra diálogos sinceros,
pra olhares diretos e sensações dessequeladas,
mas há em mim um teimosa esperança,
uma esperança marcada, na qual vida e morte se encontram
teorias de comunicação, atrofias de relação...
tão próximos e tão distantes perdidas no mar insípido e egóico
das frustrações e medos.
Pra onde vamos? O que queremos?
O que nos limita?!
Não sei?! Não sei se mora em mim ou na sociedade?
Ou nos dois, sei lá!
Só sei que preciso,
impreciso acreditar!!

domingo, 24 de agosto de 2008

Atividades no bairro da Penha

Projeto Fanzine na Panela Atividades Especiais Bate Papo com participação livre: Dia 30/08 (sábado) às 15h – Michael Franklin e Cadu Simões

Cadu Simões
Tema: O Quarto Mundo e a Atual Produção de Quadrinhos Independentes
O Quarto Mundo, um coletivo de quadrinistas independentes, foi montado a cerca de um ano para tentar solucionar alguns problemas endêmicos na produção de quadrinhos brasileiros, como a falta de investimento por parte de editoras, distribuidoras, jornaleiros e livreiros. O nosso coletivo tem mostrado que é possível fomentar um mercado de quadrinhos brasileiros utilizando métodos e canais alternativos de divulgação, distribuição e venda, através de uma produção independente, seja de forma impressa em revistas e fanzines, ou de forma virtual em blogs e sites pela Internet.

Michael Franklin Cardoso Sobrinho
Tema: Imprensa negra
A apresentação versará sobre a imprensa negra no período entre 1915-1963 na cidade de São Paulo. Esta imprensa, criada por negros e para negros, foi um dos principais veículos de reivindicações políticas e socioeconômicas da população negra paulistana, ajudando a formar uma consciência comum de luta e sociabilidade. Serão apresentados os diversos momentos e fases, suas características básicas e seus possíveis reflexos no contexto atual.

Dia 04/10 (sábado) às 15h – Subversos e Menisqüência (confirmado)

Subversos
Um bate papo contando a experiência individual de cada integrante do grupo, a trajetória da revista e trocar experiências quanto a produção, divulgação e distribuição de histórias em quadrinhos.
O grupo surgiu em 2004 durante a disciplina: Quadrinhos de Arte, ministrada por Flávio Calazans, no Instituto de Artes da UNESP. Como não tínhamos verbas para financiar uma revista que divulgasse a produção dos alunos dessa matéria, o projeto para a revista ficou arquivado até agora com o financiamento do VAI. Do grupo original de cerca de 15 participantes, restaram apenas os 3 integrantes do projeto. Durante esse tempo, seus integrantes desenvolveram pesquisas, fizeram cursos e participaram de fanzines, tudo sobre histórias em quadrinhos tema, evidentemente.


Menisqüência
A Revista Menisqüência! quadrinhos* cultura* opinião* caracteriza-se como uma alternativa viável para o aperfeiçoamento das habilidades artísticas e empreendedoras de 30 jovens de 16 a 24 anos, moradores da Região Brasilândia e comunidades próximas na Zona Noroeste da Cidade de São Paulo, que são responsáveis pela produção e distribuição de uma revista comportamental de qualidade, inteiramente desenvolvida em processos de formação. Durante a distribuição da publicação os jovens aprendizes tem a oportunidade de gerarem complementação de suas rendas, através de uma opção de trabalho digno e rico em aprendizagens.

* Local das palestras: Memorial Penha de França, 560 / Penha(próximo ao Metro Penha e Shopping Penha) email para contato: fanzinenapanela@gmail.com

CineBecos apresenta: Patativa do Assaré - Ave Poesia e A viagem de Chihiro

Sessão Infantil ás 17h
A Viagem de ChihiroAnimação, Japão, 2001. Direção: Hayao MiyazakiSinopse: Perdidos em uma viagem de mudança, Chihiro e seus pais acabamdescobrindo uma misteriosa passagem que os leva até um mundo mágico. Élá que a jovem Chihiro precisará enfrentar uma jornada heróica parasalvar seus pais, que foram transformados em porcos. Vencedor do Oscarde Melhor Filme de Animação.

Sessão Adulto ás 19h
Patativa do Assaré – Ave PoesiaDocumentário, Brasil. 2007. Direção: Rosemberg CarirySinopse: O filme aborda a vida e a obra do poeta Patativa do Assaré,destacando a relevância dos seus poemas, o significado político dosseus atos e a sua imensa contribuição à cultura brasileira. Dono de umritmo poético de musicalidade única, mestre maior da arte daversificação e com um vocabulário que vai do dialeto da línguanordestina aos clássicos da língua portuguesa, Patativa do Assaré é asíntese do saber popular versus saber erudito. Patativa do Assaréconsegue, com arte e beleza, unir a denúncia social com o lirismo. Açoe rosa.

Dia: 31/08 Domingo na Casa Popular de Cultura do M´Boi MirimEnd: Av. Inácio Dias da Silva, S/Nº - Piraporinha Zona Sul Fone:5514-3408Mais informações: http://www.becosevielaszs.blogspot.com/ ou 7620 6233

Programação da Biblioteca Tropis

A biblioteca Tropis está localizado na Rua Manoel Bragança, 114 no jd. monte azul. É um espaço bem bacana e tem algumas atividades além de oferecer empréstimos de livros gratuitos à comunidade.
Abaixo segue a programação:

*31 DE AGOSTO: DOMINGOS LesGaiS*(sempre último domingo do mês).16 h Chá, papo & escolha de um filme: - Kinsey, vamos falar de sexo (EUA 2006) - ou:- Nossos filhos (EUA 1990) - ou:- Todas as cores do amor (Irlanda 2003).18:30 Bate-papo aberto: Há interesse em discutir diversidade sexual (entre outras) nos bairros?..

*7 DE SETEMBRO: DOMINGO-FERA ESPECIAL*.Trópis 1992 - 1998 - 2008Aguarde o programa da comemoração dos 10 anos de oficialização da Associação Trópis ( 16 anos de atividade ! ).

Para mais informações sobre o espaço acesse o blog: www.pluralf.blogspot.com

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Lançamento do CD Encontro de Compositores



Lançamento do CD Encontro de Compositores

Neste sábado dia 23 de agosto às 21h - entrada franca
No Centro Cultural Monte Azul
Av. Tomás de Souza, 552
Escute 2 músicas do CD no www.myspace.com/osmameluco

Em 2007 realizamos cerca de 20 encontros, este cd é resultado destes encontros, da música produzida nas periferias de SP, tem blues, rap, samba e muito mais!
Mais informações no www.encontrodecompositores.blogspot.com

Pro Cinema Sambar

PRO CINEMA SAMBAR

Películas sobre samba e outros ritmos

Documentário : Samba à Paulista
Fragmentos de uma história esquecida


Dia 22, sexta feira,
às 20 horas,
no SACOLÃO DAS ARTES
Av. Cândido José Xavier, 577, Pque Sto Antonio.
(Fone 5819-2564)

Neste primeiro episódio da série , será apresentada a origem do samba paulista e sua vertente "caipira". A chegada dos negros em São Paulo para trabalhar nas lavouras de café e os batuques que trouxeram consigo: samba de bumbo, batuque de umbigada e tantos outros ritmos e festejos fascinantes. O documentário mostra alguns dos representantes desse samba rural ainda em atividade, como o Batuque de Tietê, Piracicaba e Capivari e o Samba de Roda de Vinhedo.
Direção:
Gustavo Mello

Após a exibição do filme teremos um caldo de feijão e roda de samba com o Band'doido

2 meses e 23 minutos no Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.


O documentário 2 meses e 23 minutos realizado por Rogério Pixote (Cinebecos) e Fábio Ranzani está no Festival Internacional de Curtas-metragem de São Paulo.

Segue as informações:

Em cartaz no programa especial Carta Branca ao Submarino Vermelho no 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.


Sexta 22 - às 18h na Cinemateca, sala Petrobras

Sábado 23 - às 20h no Centro Cultural da Juventude + debate com Rogério Pixote, Fábio Ranzani, Rica Saito e Helena.

Segunda 25 - às 17h no Cine Olido + debate com Rogério Pixote, Fábio Ranzani, CANIL e Júlio Wainer.

terça 26 - às 18h no Unibanco Arteplex, sala 5 - Frei Caneca

Mais informações e programação completa: http://www.kinoforum.org.br/curtas/2008/programa.php?c=206&idioma=1

Pra relembrar...

Bruno Amâncio um carioca que frequênta este nosso espaço virtual, realizou uma análise muito bacana do caso do jovem Rafael Augustaitiz re-publicado aqui no blog mês passado sobre sua intervenção na escola de belas artes. Nós do NCA não fizemos nenhuma análise sobre o fato públicamos como havia sido escrito na reportagem, até por que o fato já é bem chocante por si só, mas como este espaço se propõe a ser um espaço de denúncia e discussão sobre a mídia, suas conquistas e suas derrotas, quero agradecer à Bruno por sua apurada análise sobre a estrutura da reportagem, gostaria também de acrescentar que Helder Oliveira atual diretor do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente CEDECA-Interlagos local onde hoje se situa nosso projeto, foi também aluno da mesma Belas Artes que Rafael e por ter se identificado com a história toda e por ser caracteristica da instituição que dirige o trabalho com grafitte entre outras linguagens artisticas como ferramenta de transformação social nas periferias do Grajaú, foi ao encontro da tal coordenadora do curso de arte e foi muito mal recebido, disse ele que a mesma só faltou lhe oferecer cesta básica enquanto ele tentava explicar que queria propor uma discussão sobre o conceito dessa nova arte urbana, ela disse que já sabia muito bem o que é arte contemporânea e que esta discussão já era feita lá, pois bem isso só prova o quanto Rafael merece respeito tanto pela ação como por sua arte. assim sendo releiamos o tratado de Bruno Amâncio...


Lamento ter recebido este texto após aproximadamente 13 dias do ocorrido.
Algumas argumentações a respeito do caso ocorrido com o estudante Rafael Augustaitiz, estão sendo oportunas e gratificantes, pois nos direciona a continuar-mos num processo, às vezes árduo de uma melhor reflexão, e talvez nos tire do nosso comodismo em aceitar determinados (ou pré-determinados) conceitos de verdade. Ou até mesmo digerirmos opiniões e conclusões, antes mesmo de saborearmos (degustarmos) a questão ou as questões em si.
Um primeiro ponto que observei e que me intrigou, foi a omissão do nome da instituição de ensino superior, pois suponho, existam várias escolas de belas artes na cidade São Paulo. Suponho ser relevante à informação ocultada, já que foram citados outros detalhes ao decorrer da exposição do fato na reportagem. Interpreto, talvez equivocadamente, que se suprimiu o nome da instituição de ensino superior, por crer que todos saibam de que escola se trata, e/ou para não “manchar” a (já desbotada) imagem. Contudo, foi exposto para vários leitores da Folha de São Paulo, em boa parte do Brasil, o nome e sobrenome do estudante, sua relação com pessoas supostamente sem acesso a determinadas “vantagens” que a classe média tem acesso, assim como se expôs em seqüência novelística, a reunião preparatória do estudante com os seus companheiros de pixação (ou quiçá fossem grafiteiros também, isso não está claro e nem aprofundado), as intervenções ocorridas no momento da caracterizada ação, por invasão terrorista, o possível embate realizado por funcionários da instituição e seguranças, culminaram em pancadaria, segundo foi relatado no já referido jornal, em agressão física mútua. Não obstante, a matéria não omitiu e suponho até destacou elementos que caracterizam a distinção de classes (até de forma nítida), como por exemplo: citar os valores das mensalidades, a marca e modelo do carro (sutilmente revelando que o proprietário tinha menos de uma semana de uso). Assim como, informou o valor do curso estudado por Rafael Augustaitiz, e maliciosamente, segundo minha interpretação, destacando-o como bolsista integral. Concordo que desta forma, há um objetivo tendencioso e oportunista, quase diabólico, pois se expõem as premissas indistintamente, sugerindo uma conclusão equivocada. Por exemplo: Que Rafael Augustaitiz, não só foi um vândalo como denominou sua coordenadora de curso e também artista plástica, Sra. Helena Freddi, como foi ingrato, segundo sugere o jornal, ratificando.
Um segundo ponto relevante, é a própria conceituação de arte que foi acolhida pelo jornal, segundo as formulações criadas e originárias de alguns estudantes. Que talvez, posso ter interpretado erroneamente, pois à minha análise, a forma que segundo o jornal relatou em nome do Sr. Alan George de Sousa do curso de arquitetura e desenho industrial, contraria os princípios da Lógica Clássica. Por exemplo, comparar analogamente o atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001 com o ocorrido na Escola de Belas Artes da cidade de São Paulo, supõe seja este o local. Tentarei explicitar o ilogismo cometido pelo Sr. Alan George de Sousa, de forma sucinta, mas não desejando ser reducionista e/ou pueril.
Os ataques de 11 de setembro chamados também de atentados de 11 de setembro, foram uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001.
Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram seqüestrados, sendo que dois deles colidiram contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos sequestradores para uma colisão contra o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Os destroços do quarto avião, United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos seqüestradores e que, durante este ataque, o avião caiu. Os atentados causaram a morte de 3234 pessoas e o desaparecimento de 24.
Desde a Guerra de 1812, esse foi o primeiro ataque de efeitos psicológicos e altamente corretivos imposto por forças inimigas em território americano. Causado por uma célula terrorista ligada à rede Al Qaeda, esse inimigo invisível deixou um saldo de mortes superior a 3 mil. Para se ter uma idéia quantitativa de seu resultado arrasador, só o ataque em si excedeu o saldo de aproximadamente 2400 militares norte-americanos mortos no ataque sem aviso prévio dos japoneses à base naval de Pearl Harbor em 1941; além disso, essa terrível demonstração de impunidade foi caprichosamente planejada e direcionada aos ícones americanos, praticada impunemente, e tendo como armas aviões comerciais. O ato agravou-se muito mais por ter sido transmitido ao vivo pelas cadeias de TV do mundo inteiro, com a própria tecnologia americana. Tal ataque, ainda sem precedentes em toda a história da humanidade, feriu profundamente o orgulho americano e superou, em muito, o efeito moral imposto às tropas americanas pela força aérea japonesa.
Os ataques de 11 de Setembro designam uma série de ataques terroristas perpetrados nos Estados Unidos da América no dia 11 de setembro de 2001, uma terça-feira, envolvendo o seqüestro de quatro aviões de passageiros:
• Vôo American Airlines 11, um Boeing 767-223 partiu de Boston, Massachusetts com destino a Los Angeles, California as 7:59. Colidiu com o lado norte da torre norte (North Tower) do World Trade Center entre os andares 94 e 98 às 8:46:26, hora local a uma velocidade aproximada de 789 km/h. Neste avião viajavam 81 passageiros, 9 assistentes de bordo e 2 pilotos.
• Vôo United Airlines 175, um Boeing 767-222, partiu de Boston, Massachusetts com destino a Los Angeles, Califórnia as 8:13, hora local. Colidiu com o lado sul da Torre Sul (South Tower) do World Trade Center entre os andares 78 e 84 as 9:02:54, hora local a uma velocidade superior a 805 km/h. 2 pilotos, 7 assistentes de bordo e 56 passageiros viajavam a bordo deste avião.
• Vôo American Airlines 77, um Boeign 757-223 partiu de Dulles, Virgínia com destino a Los Angeles, Califórnia às 8:20, hora local (com 10 minutos de atraso). É geralmente aceito que este avião colidiu com o Pentágono. O Pentágono afirma que a colisão ocorreu às 9:37, hora local. Neste avião viajavam 58 passageiros, 4 assistentes de vôo e 2 pilotos.
• Vôo United Airlines 93, a Boeing 757-222 partiu de Newark, Nova Jérsei com destino a São Francisco, Califórnia. Os destroços deste avião foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. Neste avião viajavam 38 passageiros, 5 assistentes de bordo e 2 pilotos. Este avião teria possivelmente sido abatido ou eventualmente caído devido a confrontos diretos entre os passageiros revoltosos e os seqüestradores. A queda do avião deu-se às 10:06, hora local.
Com freqüência as pessoas se referem aos ataques como "o 11 de Setembro", em razão deles terem ocorrido no dia 11 de setembro de 2001.
Sendo terça-feira, os vôos domésticos nos Estados Unidos transportam poucos passageiros, tornando um vôo mais fácil de ser seqüestrado.
As perdas humanas nos ataques de 11 de Setembro de 2001 foram elevadas: 265 nos aviões; pelo menos 2602 pessoas, incluindo 242 bombeiros, no World Trade Center e 125 no Pentágono. 3234 pessoas faleceram. Além das Torres Gêmeas de 110 andares do World Trade Center, 5 outras construções nas proximidades do World Trade Center e 4 estações subterrâneas de metrô foram destruídas ou seriamente danificadas. No total, foram 25 prédios danificados em Manhattan. Em Arlington, uma parte do Pentágono foi seriamente danificada pelo fogo e outra parte acabou desmoronando.
Alguns passageiros e tripulantes efetuaram chamadas telefônicas dos vôos seqüestrados. Um total de 19 seqüestradores foram posteriormente identificados, 4 no vôo 93 da companhia United Airlines e 5 nos outros vôos. Segundo informações, os seqüestradores assumiram o controle das aeronaves usando facas para matar as atendentes de bordo, pilotos, e/ou pelo menos um passageiro. No vôo 77 da American Airlines, um dos passageiros relatou que os seqüestradores estavam na posse de punhais. Foi relatado o uso de um determinado tipo de spray químico nocivo, para manter os passageiros longe da primeira classe nos vôo 11 da American Airlines e 175 da United Arlines. Foram feitas ameaças de bomba em 3 dos 4 aviões seqüestrados, não tendo o vôo 77 da American Airlines registrado ameaça de bomba.).
Como pode ser acurado, não há a mais remota possibilidade de uma analogia entre o que ocorreu na escola de belas artes com o 11 de Setembro, entre Rafael Augustaitiz e Osama Bin Laden e o que dele resultou como foi exemplificado de forma infeliz e incoerente, pelo distinto, porém pouco informado Sr. Alan George de Sousa. Acredito que a insistência em tal analogia beire a insensatez e/ou a insanidade mental. Sugiro introdutoriamente a este estudante, se aplicar um pouco sobre a Estética e Filosofia da Arte, a fim de desabrochar algum silogismo a respeito do problema da definição de obra de arte.
Retornando as observações, a Sra. Helena Freddi, coordenadora do curso de Artes Visuais, a artista plástica, como a terceira observação, inicialmente é necessário saber o que é ação civilizada? O vandalismo que extrapolou os limites da ação civilizada, praticado por aproximadamente quarenta cidadãos, com idades entre 15 e 25 anos devem ser retaliados ou retalhados, pelos 30 seguranças da faculdade, que para acabarem com a farra irromperam uma “pancadaria”. De qual, para quem e aonde se aplica o conceito de “ação civilizada”, para Sra. Helena Freddi? Natural de São Paulo, SP. Formou-se em Educação Artística, FAAP-SP. Pós-graduação em Artes Visuais, Instituto de Artes da UNESP; Doutorado em Poéticas Visuais, ECA-USP. Atualmente leciona, e coordena, no Curso de Artes Visuais do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Individuais recentes: Galeria Gravura Brasileira, Escritório de Arte Augusta 664 e Galeria Marta Traba do Memorial da América Latina em São Paulo; Pinacoteca Benedicto Calixto em Santos e Museu da Gravura Cidade de Curitiba. Participação em mostras nas cidades de São Paulo, Santo André, São José dos Campos, Campinas, Santos, Ribeirão Preto, Curitiba, Londrina, Rio de Janeiro, Frankfurt, Bergamo, Évora, Milão e Kochi. Com quem e para quem suas definições e/ou conceitos dialogam. E qual o modo de aplicabilidade destes?
Como premissa, o que é arte? E continuaremos seguindo uma expressão que está registrada num dos 282 artigos do Código de Hamurabi (1792-1750 a.C.). Hamurabi instituiu a vingança como preceito jurídico no Império Babilônico. É baseada também na lei de talião, que está presente em livros da Bíblia e prescreve ao transgressor a pena igual ao crime que praticou. Esse princípio ainda é utilizado em muitos países do Oriente. OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Exibição no Canil



No dia 28/08 no Canil um Espaço ocupado na USP o NCA fará uma exibição marginal como intervenção dentro do bloco política viva do festival internacional de curtas metragens deste ano.

Será às 20:00hs

Os vídeos a serem passados:

* Paralelo: espasmos de realidade - 15'
* Naufragos - 19'
* Em busca do gozo perdido - 15'
* Rasgue minha roupa - 10'

Dia do Psicologo



Salve Rapa...
Desculpe o abandono, Seguem as novidades...

Pois bem,
no dia 27/08 tem exibição no CEDECA-interlagos em comemoração ao dia do psicologo e trabalhando o tema da suposta "insanidade".
será assim: às 14h00 - Paralelo: Espasmos de Realidade
Na sequência: Bicho de Sete Cabeças

Entrada gratuita
Lotação: 100 lugares

Após a exibição dos filmes, haverá debate com profissionais da área.

Local: Cedeca Interlagos
Rua Nossa Senhora de Nazaré 51, Cidade Dutra, São Paulo, SP

Organização: Conselho Regional de Psicologia SP, Cedeca Interlagos
e NCA - Núcleo de Comunicação Alternativa
Importante! Não haverá inscrições antecipadas, a ocupação dos lugares será por ordem de chegada.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ativistas tentam libertar indiano preso por fazer de urso animal de estimação


Se liga a merda que a mídia pode fazer querendo tornar histórias humanas em material sensacionalista...

Era para ser um conto de fadas de um homem que tirou das florestas do leste da Índia um urso órfão e o levou para casa para criá-lo como parte de sua família, consolando a filha pequena que havia acabado de perder a mãe. Mas quando funcionários de uma entidade do governo indiano conheceram a história na imprensa indiana, na última semana, o conto de fadas dissipou-se.

Munda, 35, foi preso por violar leis do país, que proíbem a domesticação de animais selvagens; o urso foi enviado a um zoológico onde tem se recusado a comer e a filha, de seis anos, foi mandada de navio a um orfanato estatal.Agora, ativistas de defesa dos animais, impressionados pelo ato de Munda, estão protestando por sua liberdade. "Condenamos fortemente a maneira como os funcionários do departamento florestal prenderam o pobre analfabeto que não sabia da legislação do governo", disse nesta terça-feira Jiban Ballav Das, chefe do grupo "Pessoas pelos Animais" da província de Orissa.Munda, um trabalhador que pertence a uma tribo indígena que mora na floresta 200 quilômetros ao norte da capital da província, Bhubaneswar, disse que encontrou o filhote de urso no ano passado quando recolhia gravetos.Ele levou o urso, chamado Rani ("Rainha", em português), para casa e fez dele seu animal de estimação.Imagens de TV gravadas antes da prisão mostram o urso brincando com a filha de Munda, Dulki, enquanto tentam subir na traseira da bicicleta do indiano.Se for condenado, Munda pode pegar até três anos de prisão. "Eles me prenderam. Como minha filha sobreviverá?", disse Munda a uma subsidiária da rede americana CNN enquanto era levado para a prisão. "Não entendo porque fui punido por cuidar de um urso que havia sido abandonado na floresta e que teria morrido se eu não o tivesse trazido para casa".O diretor do zoológico de Nandan Kanan, para onde Rani foi levado, defendeu a decisão do governo. "Munda foi preso em respeito a uma lei que tem como intenção proteger a vida selvagem", disse.Entretanto, o ativista Jiban Das afirma que apesar de condenar a retirada de animais do meio selvagem, apóia a atitude de Munda de tentar recuperar o urso e diz que o governo está sendo muito rigoroso. "Ele nunca torturou o animal, nunca o utilizou para propósitos comerciais. Portanto, não deveria ser preso", disse Das.No zoológico, Rani está em uma jaula isolada e está se recusando a comer. "Os ursos desenvolvem grandes laços com os seres humanos e são muito ligados a seus tratadores", disse Biswajit Mohanty, secretário da "Sociedade para a Vida Selvagem" de Orissa.Já Das afirma que Munda ganhará um emprego assim que for solto. "Decidimos dar a ele um emprego em nosso centro de reabilitação de animais".

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pichadores vandalizam escola para discutir conceito de arte

Colegas classificaram ação como terrorismo; coordenadora do curso de Artes Visuais chamou de 'ato de vandalismo' Aluno da Belas Artes convocou grupo para realizar prova de conclusão de curso

LAURA CAPRIGLIONEDA
REPORTAGEM LOCAL

Cada um dos 37 alunos do último ano do curso de Artes Visuais do Centro Universitário de Belas Artes tinha de apresentar uma obra para garantir sua formatura. Três espaços foram reservados para a exposição dos trabalhos. Trinta e seis alunos preencheram esses espaços com sua produção. Um -Rafael Augustaitiz, 24-, não.Pichador desde os 13 anos, Rafael resolveu apresentar um trabalho diferente. 'Uma intervenção para discutir os limites da arte e o próprio conceito de arte', explicou.Nos últimos dias, os locais de reunião de pichadores no centro da cidade tornaram-se focos de recrutamento de jovens para 'a ação', como se chamou. Às 21h de anteontem, horário de intervalo das aulas, 40 deles, idades entre 15 e 25 anos, compareceram ao 'ponto', na estação Vila Mariana do metrô (zona sul).'Estamos todos muito ansiosos', disse um morador do Ipiranga, que assina suas pichações com o desenho de um monociclo. A maioria dos rapazes nunca pôs os pés em uma faculdade; sua estréia no ensino superior seria justamente em um trabalho de conclusão de curso.Em cinco minutos andando a pé, o grupo alcançou a escola. Muitos vestiram máscaras improvisadas com camisetas ou daquelas usadas para pintura com compressor. Logo, as latas de spray foram sacadas de dentro dos moletons folgados.Os jovens pichavam suas 'assinaturas' nas paredes, nas salas de aulas, nas escadas, sobre os painéis de avisos, nos corrimãos. Uma funcionária da secretaria, Débora Del Gaudio, 30, quis impedir. Levou um jato de spray no rosto.Usando a técnica do 'pé nas costas', os pichadores formaram escadas humanas (com até três jovens 'empilhados'), uma forma de atingir andares superiores da fachada. Assustaram funcionários da escola enquanto escreviam aquelas letras pontudas e de difícil decifração.Os 30 seguranças da faculdade mobilizaram-se para acabar com a farra. 'Deixa eu terminar a minha frase, pô', pediu um jovem. Tomou um soco. Revidou. Virou uma pancadaria.'Abra os olhos e verá a inevitável marca na história' e muitos símbolos do anarquismo, além das letras pontudas já cobriam o prédio, quando cinco carros da polícia militar chegaram ao local, apenas dez minutos depois de iniciado o ataque.Enquadrado pela PM, Rafael gritava ao entrar no camburão: 'Olha aí, registra, isso é um artista sendo preso.' A maioria dos alunos não achou nada legal 'a ação', 'a intervenção', 'a obra' de Rafael. 'Terrorismo. O que aconteceu aqui é terrorismo. Se isso é arte, então o maior artista do mundo é o Osama Bin Laden e o buraco das torres gêmeas é uma obra-prima', disse Alan George de Sousa, 33, do curso de arquitetura e desenho industrial.'Eu pago R$ 1.500 de mensalidade no curso de arquitetura porque trabalho e minha mãe também dá um duro danado para me manter aqui. Aí vem um filho da mãe dizer que fez essa porcaria toda porque a gente é tudo burguesinho. Ora, vai estudar, se preparar', gritava uma aluna.Rafael amanheceu o dia de ontem em companhia de mais seis acusados de pichação no 36º Distrito Policial, no Paraíso. Duas estudantes de publicidade da Escola de Propaganda e Marketing, que fica em frente à Belas Artes, estavam lá também, exigindo: 'Essa gente tem de se ferrar.' As duas acusavam o grupo de pichadores de riscar o Honda Fit cor de champagne que saiu da concessionária 'há menos de uma semana'.Ontem à noite, na parte interna da escola, já nem parecia que o aluno com 40 manos tinha estado lá. Tudo estava limpinho. Às 20h30, a turma dos formandos (menos Rafael) ia se reunir para 'processar esse trauma', nas palavras da coordenadora do curso de Artes Visuais, a artista plástica Helena Freddi, para quem o que aconteceu na faculdade foi 'um ato de vandalismo que extrapolou os limites da ação civilizada.'No texto que escreveu para justificar 'a ação', 28 páginas encimadas pelo título 'Marchando ao compasso da realidade', Rafael desafia: 'Somos abusados? Que se foda! É um orgulho para vocês eu estar dentro dessa podre faculdade. Não sou seu filhote, não preciso do seu aval. A arte hoje em dia é para quem está na pegada. Para os bunda-moles ela morreu faz é tempo.' O curso de Artes Visuais tem mensalidade de R$ 900. Rafael é bolsista integral.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Defenestraram Isabela

Há alguns dias atrás descobri o signicado da palavra "Defenestrar" e olhem só o que quer dizer:

-Lançar alguém ou alguma coisa por uma janela ou varanda.

Recordei-me na hora da "menina Isabela". E alegremente pensei: -Faz tempo que não passa nada na Tv sobre ela, será que o pai e a madrasta ainda estão presos? Será que ficarão por lá? Quanto tempo? Onde? E o relacionamento com os outros presos? Cela especial?

Despertei do pensamento e me indaguei: E daí? O que que eu tenho a ver com isso?

Essa estória já deu o que tinha que dar, por que é que eu espero a resolução deste caso como quem espera o desfecho da trama novelesca? Me centrei: Essa porra passou tantas vezes em tantos canais de tv, manchetes de jornais, internet, que eu, como tantos outros sem querer já estava antenado, boiando nesse lixo sensacionalista por pura osmose. Porém com muito menos fervor que um boa parte da população expectadora do fato. No apogeu do acontecido me lembro de situações extraordinárias como quando no início das investigações o "casal Nardoni" foi depor e uma multidão afoita esperava, com ansia de cães famintos, chingando, empurando, lançando objetos nos dois, entre outras coisas, me lembro ter visto um grafite de grandes propoções próximo ao term. João Dias que trazia ao centro o rosto da menina com asas de anjo, a sua esquerda o pai com chifres e olhos vermelhos e a sua direita a madrasta também caracterizada como o pai acompanhada dos dizeres: "Ah se fosse no Capão!! Se fosse no EUA vocês já tavam fritando na cadeira elétrica", me recordo das conversas de ônibus com falas do tipo: Cadê a justiça deste país? O que leva um pai à fazer isso com uma filha? Se fosse meu filho que tivesse feito isso com minha neta eu mesmo matava ele!!! Me parece que o povo na falta de poder viver sua própria vida, entregue à pesadas rotinas de trabalho nos subempregos, (como as mães das milhares de periferias espalhadas por aí que cuidam de filhos de patrões enquanto seu filho tem a rua como mãe) acabam por viver a vida de qualquer personagem da novela ou da vida real, menos a própria. E o pior é pedir justiça...Como assim? Em que mundo vive quem pede justiça num caso destes? Não sabe que a justiça não é feita por nós periféricos? Não é para nós? Não sabe que a justiça não é tão popular como o fantástico, que aglutinou milhares de pessoas da audiência quando conseguiu uma bombástica entrevista com o "casou Nardoni", que sei lá, mais me passou ser uma estratégia dos advogados, por sinal o pai do próprio Alexandre é advogado, e tentou e tenta desesperadamente livrar o filho daquilo que o mesmo não pode fazer, ENCRENCA! Pensem comigo, Alexandre Nardoni se difere em que dos jovens que atearam fogo no índio Galdino? Dos jovens que espancaram a doméstica carioca com o pretesto de te-la confundido com uma profissional do sexo? Essa é a cara do jovem classe média alta Brasileira, educado para fazer o que bem entender, com quem bem entender, por não ter recebido afeto, nem limite dos pais, não pode fazer o mesmo com os filhos nem com ninguém, compreende que o dinheiro compra tudo e no caso deles realmente compra, mas um dia a festa acaba e a ressaca é na maioria das vezes pesada.

O Engraçado é ver o poder que a mídia tem nesses casos, ascenção e queda são dois lados da mesma moeda, são monstros quando se quer e anjos quando é conveniente, tenho a impressão que mesmo que fossem inocentes teriam ido para prisão, a opnião pública levou o caso nas costas, o povo já se sentia íntimo da menina, cheguei a ver numa viela perto de casa um cartaz escrito por crianças com certeza, pela caracteristica da letra e pelo dizer: - Isa nós te amamos, deus te espera para uma festa!!

A mídia tornou a mãe de Isabela numa estrela, cheguei a ver em rede pública na chamada da cobertura de um evento pela paz organizado pelo padre Marcelo a seguinte vinheta: -Presença de chitãozinho e chororó, Leonardo, Rio negro e Solimões e Mãe da menina Isabela. O duro é pensar que daqui uns anos poderemos ve-la dando palestras em universidades ou tocando uma ONG em pról da paz, mas que paz? Pra quem?

Os comentaristas da globo chegaram a "filosofar" sobre o caso, dizendo que as pessoas estavam projetando toda a violência que a sociedade faz com as crianças neste caso isolado. Cá entre nós, pode até ser, mas com o supra apoio da mídia bombardeando nossas casas com manchetes novas a cada momento como podemos não ter uma postura perante o fato? É como não ter assistido o Tropa de Elite, todos sabem mesmo, sem querer o início e o final do acontecido, e saem por aí ainda distribuindo terminologias preparadas para virar chavão tipo: -Pede pra sair!!!-Pede pra sair!!!-Pede pra sair!!!

Isabela não pode pedir para sair, nem pra ficar, vítima? Sim, mas nem um pouco melhor do que as milhares de crianças que morrem nas quebradas diversas por aí, por consequência de pais desequilibrados, ou por fome, abandono, falta de informação...

E o Gran finale já é sabido a mídia também defenestrou Isabela, assim que ela não tinha mais serventia para o ibope. Vale lembrar que o estatuto da criança e do adolescente fará 18 anos mês que vem e não podemos esquecer que todas as crianças precisam de auxilio para seu pleno desenvolvimento, ricas, negras, pobres, índias, brancas...assim sendo teremos adultos mais saudáveis física e psicologicamente. A mídia deveria lembrar que direitos e deveres são pra todos.

Por Daniel FagundeS.