Apresentação, Educação, Serviços, Equipe, Galeria de Fotos, Na mídia

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E assim disse Jorge Mautner à um amigo viajante do espaço...

É que pra mim, anjo astronauta
Só interessam os caminhos
Que levam ao coração!


O NCA deseja à todos um ótimo fim de ano,
que a luta nos leve a plenitude do amor!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Discussão de Moradia (intercâmbio Brasil/Angola)



O NCA, o CEDECA Interlagos,
a Rede Extremo Sul e o Instituto Sou da Paz
apresentam:

18hs
Exibição do Documentário "Não partam minha casa"
realizado pelo coletivo de jornalistas da associação Omunga

Sobre a Luta por Moradia em Angola.

Presença do Angolano Manuel Malanvindele
um dos coordenadores da Associação Omunga realizadora do vídeo.

Exibição do vídeo "Bem Morar"
de Daniel FagundeS. (NCA)

Seleção de vídeos da Rede Extremo Sul.

Estrada da Ligação, 343 - Jd. Prainha

Como chegar: Pegar a lotação Jd. Prainha que sai do Terminal Grajaú e descer no último ponto da estrada da Ligação.
Ponto de referencia: Campinho de terra próximo a represa.

Sacolão das Artes Recebe Prêmio Cultura Viva!


Pra dividir a conquista e agradecer os parceiros!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Festival de Cinema de Paraisópolis

Inscrições até 30 de novembro, vamô participá rapa!


A Associação Cultural TÁ NA TEIA realiza o 1º Festival de Cinema Paraisópolis, que tem por objetivo incentivar a produção de vídeos e curtas-metragem independentes realizado de forma coletiva, sem fins comerciais e publicitários. O Festival complementa a iniciativa do coletivo de vídeo popular em São Paulo, e agrega todas as ramificações de iniciativas de vídeos libertários. No dia 12 de Dezembro será realizada a Mostra competitiva. Este ano começamos com um pequeno premio, pois não fechamos grandes parcerias, e com o apoio do VAI, premiaremos o melhor vídeo coletivo com um “laptop”. A Mostra não competitiva será realizada com produções de Vídeo Popular de 13 a 17 de Dezembro, no CEU Paraisópolis. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por qualquer pessoa, através do site.

http://www.tanatela.org/?p=58

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Audiovisual em pról da expansão da consciência!

Como produzir audiovisual, sendo um morador de periferia sem ser alheio à todas as condições de classe implicitas nos modelos de sociedade que hoje esta posto? E que por sua vez, interferem diretamente no como fazer filme? Me pergunto pois acho muito difícil. E pergunto não como quem pensa que é necessário que se fale mais de favela. Pergunto isso como quem pensa que é necessário que se fale mais de filosofia. No sentido mais amplo da palavra, Amor ao conhecimento.

Assim sendo se fosse transferir isso para um tipo de produção que falta no panorama brasileiro, diria que faltam mais filmes que insitam a reflexão (agora é a hora em que a pessoa que lia o texto desiste de ler e pensa: Putz lá vem ele de novo com essa história de conhecimento). Digo isso pois o contexto é aterrador, um bilhão de filmes sobre conflitos amorosos adolescentes, ação com carros que voam e terror com violência gratuita oriunda da mente insana de um psicopata qualquer. Em contraponto a 3 ou 4 filmes que fazem pensar. Mas pra não divagar demais nas análises evidentes pensemos em alguns fatores históricos que nos trouxeram até aqui.

Após vinte anos de ditadura militar tivemos Fernando Collor como 1º presidente democraticamente eleito que sendo eleito em seus 2 anos iniciais de mandato fez inúmeras burradas, dentre elas o rebaixamento do ministério da cultura para uma simples secretaria, e somado a isso a extinção de vários orgãos de cultura dentre eles a Embrafilmes. O que enforcou muitos dos cineastas que dependiam destes recursos para produzir seus filmes. A boca do lixo* continuou produzindo, mas pouquíssimos viram estes filmes mesmo dentre os intelectuais da época foi pouco divulgado, apesar de hoje serem cultuados nos centros acadêmicos do Brasil e do mundo. Essa é a realidade da maioria da boa produção nacional, boicotada ou pela ditadura ou pelo processo político-econômico do país. Enquanto isso a velha cultura do trabalhador dócil foi sendo cada vez mais solidificada. Aquela idéia de que pobre tem de ser sempre pobre, Pobre não precisa de educação de qualidade, não precisa partilhar do vasto conhecimento histórico produzido pela humanidade. Pra que ter acesso à cinema nesse sentido? Pra que livro? Arte? Pra que? Pra ficar cada vez mais condenado ao trabalho braçal é que não deve ser, não é mesmo?

Compreendi isso tudo de forma muito triste, quando disse pra minha mãe que queria trabalhar com arte e ela na lata respondeu: -Isso nunca vai dar dinheiro! Pois é, mesmo aos meus pais hippies na juventude essa condição era bem objetiva. Afinal o power flower norte americano não tinha o mesmo sognificado numa quebrada de nome Piraporinha onde cresci. O que me fez entender de cedo que os filhos da patroa da minha mãe eram criados para serem meus futuros patrões, ou artistas renomados, ou filósofos, a mim cabia ser um trabalhador ordeiro e correto. Sempre pronto a bater o cartão no horário certo e ter em mente o sonho frágil de uma promoção. Foi aí que comecei a me entender como um produto histórico, foi aí que comecei a perceber quais eram os filmes que eram parte da juventude da minha vó e foi quando conheci a Vera Cruz, Oscarito, Grande Otelo, Carmem Miranda. Personagens de rostos até bem populares, mas sempre em histórias de humor e sátiras pitorescas onde apesar do contexto todos eram felizes e subalternos. Essa é a lógica que muitos ainda vivem em favelas. Educados para o trabalho e viciados pelo entretenimento fácil da Tv, onde tudo é resolvido com um beijo de happy end.

Minha vida mudou quando descobri o significado da palavra rompimento! Foi o rompimento que me permitiu me colocar no lugar de agente capaz de transformar minha vida, agente capaz de produzir arte e conhecimento ainda que oriundo de periferia. Foi o rompimento que me permitiu retomar os saberes que acreditava ter direito. Mas contudo foi também o rompimento que me colocou por vezes avesso ao pensamento subserviente da minha família. que por medo de me ver frustrado como eles não me apoiou como eu gostaria. Foi também o rompimento que me postulou como Boy dentre meus irmãos de quebrada, por defender com enfase a idéia de transformação através da obtenção de conhecimento (como se inteligência fosse coisa de rico).

Porém romper só não basta, é preciso religar-se após o desatrelamento das más influências. Acredito que uma produção audiovisual transformadora é a que nos coloca em conexão com os verdadeiros saberes aqueles advindos do coração. Aqueles que apontam o que podemos fazer de bom e que nos instigam à autonomia. Sem que seja necessário ficar escancarando a ferida e destrinchando os problemas como se não houvesse mais solução. O grande desafio da nova geração do audiovisual (ou melhor, da humanidade) é apontar caminhos, revolucionar as relações e convocar à familia pra resolução coletiva.

Num falei que era difícil?!

Alguém topa a utopia?!



Dedico esse texto à meus irmãos de caminhada: Fernando Solidade Soares, Joyce Izauri e Diego FF. Soares, que toparam essa empreitada comigo.
Não seremos os únicos!

Curso de Direção Cinematográfica Cine Galpão/Catraca livre


A Rede Catraca Livre, com o apoio do Instituto Pinheiro, vai promover um curso gratuito de direção cinematográfica no Cine Galpão em Janeiro e Fevereiro de 2011. Os alunos poderão conhecer as diversas etapas do processo de produção de um filme em aulas teóricas e práticas e desenvolver um projeto audiovisual ao final do curso. Não é necessário ter experiência em produção cinematográfica. A seleção será feita de acordo com o interesse do candidato em realizar projetos audiovisuais. Além da publicação da produção na Rede Catraca Livre, haverá exibição aberta no ultimo dia de aula para participantes e convidados.

Processo Seletivo
A equipe do Cine Galpão, em parceria com a Rede Catraca Livre, vai selecionar um grupo de 15 alunos para o curso a partir das fichas de inscrição enviadas pelos candidatos. Não é necessário ter experiência em produção cinematográfica. A seleção será feita de acordo com o interesse do candidato em realizar projetos audiovisuais e análise de curriculo. Ao fazer a inscrição, o candidato deve estar comprometido com as datas e horários do curso. As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de Dezembro.

Mais informações no link:
http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/11/curso-de-direcao-cinematografica-no-cine-galpao/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

I mostra cultural do Grajaú, transmissão ao vivo na Rede!

Debate sobre organização popular em rede, transmissão ao vivo as 19hs pelos links:
http://orelha.radiolivre.org:8000/status.xsl

ou

http://www.radiolivre.org/

Fiquem a vontade para mandar perguntas para o email:
ncanarede@gmail.com no campo assunto coloquem: Pergunta debate
Coletivo Radiotivo conectando nossas palavras
Hoje 12/11/10, fique ligado!
I Mostra cultural do Grajaú

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Projetando idéias!

Salve povo!

Venho com sorrizo largo dividir com vocês
a alegria de ter ganhado o prêmio "Cidade nas mãos"
do site Catraca Livre.

Fui prêmiado pela realização do vídeo
"Cuidado com o espaço entre o sonho e a realidade"
obra que realizei com um celular ganhado!

Satisfação e gratidão à equipe do catraca livre
e fica a lança: Independente do formato de captação
é possível e necessário que projetemos nossas idéias!

Pra quem ainda não viu segue...


PS: O concurso terá em breve sua segunda edição e parece que
o prêmio será uma vaga para um curso de cinema.

forte abraço

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Apoio a classe teatral e da dança!

Segue na sequência o manifesto feito em pról da permanência e melhoria das leis de fomento à dança e teatro em São Paulo. Fica o sentimento de ampliação dessa política também para o audiovisual popular e demais áreas de arte e cultura desprovidas de recurso.

Que a organização nos leve a grandes conquistas!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I Mostra Cultural do Grajaú

Salve povo, na semana que vem o Grajaú vai ser palco
de uma semana de ebulições culturais e discussões políticas.
O NCA e os demais coletivos e organizações envolvidas
convidam para essa celebração! Confira a programação:


“O Movimento é Cultural e a Política é Pública.”

Somos grupos, coletivos, artistas, trabalhadores da cultura e moradores do extremo sul da cidade de São Paulo, que acreditam na cultura enquanto um direito humano, e exercem um fazer cultural que foge a um ativismo vazio, mercadológico
e sem propósito, fazemos cultura não só para mostrar nosso talento, mas utilizamos nossas ferramentas de
expressão artística para estabelecer uma comunicação direta e franca com a sociedade, hoje esse distrito
conhecido como Capela do Socorro (que agrupa as regiões Socorro, Cidade Dutra e Grajaú) se encontra em
total descaso com a ineficácia na execução de políticas públicas, não somente com relação a área cultural,
mas também em diversos outros setores, que fazem com que a população sofra com a má administração
pública, hoje nos encontramos sobre a eminência de diversas violências e violações de direitos fundamentais
e inerentes a existência humana.

As manifestações culturais são um retrato do meio social que vivemos, boa parte das nossas ações
são pautadas nas lutas cotidianas travadas pelos habitantes desta região, e aqui reivindicamos uma
mudança deste cenário de desrespeito por parte dos governantes a frente desta administração pública
regional, por vezes fizemos propostas de dialogo com o Estado ou o procuramos para cobrar que façam
seu trabalho, e por vezes fomos ignorados, tratados com truculência e descaso.

Queremos com este manifesto evidenciar uma situação crítica que todos/as conhecemos bem,
acreditando na troca como uma maneira de se colocar no mundo. Entendemos que a autonomia e
a articulação entre os grupos possam promover e consolidar o alcance e a conquista de nossos
objetivos comuns, entre eles: a ocupação efetiva de equipamentos e espaços públicos em nossas
comunidades, a realização de festivais, mostras, palestras, debates, intervenções, troca de
processos, e principalmente, reivindicar políticas públicas eficazes que fomentem a produção
cultural em nossas comunidades.

Por isso essa luta tem que ser de fato democrática, na raiz da palavra, em que o povo tenha
o controle das decisões e uma participação sócio-política.

O Movimento é Cultural e a Política tem que ser Pública!

Assinam este manifesto os grupos:
CEDECA Interlagos (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente)
NCA-Núcleo de Comunicação Alternativa.
Cia Humbalada de Teatro.
Coletivo Imargem
Coletivo Radioativo
Rede de Comunidade do Extremo Sul de São Paulo.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um brinde aos críticos


Outro dia me questionei à respeito do que sabia fazer de melhor, e cheguei a dura conclusão de que ser "chato" é uma das minhas melhores aptidões, se é que alguém pode entender chatice como qualidade. Mas enfim... Fiquei pensando que em muitos momentos o que me diferenciou das demais pessoas foi a crítica explicita ao que se colocava posto em diversas situações. De alguma forma a posição de chato sempre me coube e por muitas vezes isso me prejudicou ou me enalteceu. Por exemplo, todos devem se lembrar daquele aluno que na escola, fazia aquela maldita pergunta que provocava a professora à extender a aula por uns 20 minutos a mais. Muitos devem ter um conhecido que não se satisfaz facilmente com o script da vida social, que anda com roupas estranhas, que fala coisas desconhecidas ou desconexas. Pois é, acredito que faço parte desse grupo, no qual denomino críticos de trincheira, esses que por força de seus hábitos estão sempre causando desconforto nos ambientes. Diferentes é claro dos críticos de redação, sempre instigados por uma pauta comercial populista. Mas é bom ressaltar que mesmo esses merecerem um olhar atento, já que ainda com seus maus exemplos instigam bons debates. Pois afinal essa é a boa essência que vive dentro de todo crítico que se prese, a expressão, o ponto de vista que provoca a reflexão. Vejo que o grande problema de alguns críticos, principalmente os críticos de arte, é querer distanciar-se da problemática que analisa, é a impafia dos discurssos começados em "eles", como se o problema lhe fosse sempre externo. São esses os que se escondem atrás de grandes empresas da comunicação para propagandear seus textos vendidos, são esses os encastelados que não sabem o que é o terreno argiloso do contexto. Falam de coisas que conhecem por livros, ou por filmes, quiçá por telefonema no caso de alguns jornalistas safados. Não que esteja eu aqui criando uma proibição à essa postura, até por que não tenho essa força (mas se tivesse faria...rsrsrs), e cada um que faça o que lhe convir, porém me coloco à favor da opinião suja de barro, conclamo aqui os diversos críticos de trincheira que existem nas diversas quebradas deste país para assumirem o papel de formadores de opinião que lhes confere. Basta de jornais pseudo neutros! Basta de opiniões forjadas pela necessidade de pauta! Façamos todos de nossas vidas um exercício crítico! Sejamos chatos! Não dá pra se pautar sempre no que diz o Jabor no intervalo do Globo News, chega de termos sempre o Rubens Oswald Filho como referência de cinema, você já se perguntou quantos filmes fez esse condenado? Convido pra trincheira esses que entendem como pauta só o que o mercado pauta. Vos critico e os desafio a me criticar, pois inteligência e capacidade de reflexão não tem classe social, nem direção. Que saiam da gaveta os críticos que a sociedade precisa! Afinal, alguém tem que fazer aquela bendita pergunta que todo mundo quer saber, mas niguém tem coragem de perguntar...

Um brinde aos críticos, um brinde aos caras de pau!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

“A cidade na sua mão” Segunda Edição do Concurso Cultural Vale Catraca, da Rede Catraca Livre



A Cidade na Sua Mão

A rua se transformou num espaço de desconfiança e medo. Vemos esse medo nos muros cada vez mais altos, nos carros blindados, nas grades, nas catracas, erguidas por tantas cenas de agressão. Não são apenas as agressões físicas. Enfrentamos diariamente a violência da poluição, dos congestionamentos, das enchentes, das crianças de rua, da falta de calçadas. Encaramos a cidade como um adversário a ser enfrentado. Quando podemos, tentamos ficar protegidos de seus perigos.

Como seria uma cidade que, ao contrário, está em nossas mãos, na qual nos sentimos próximos, acolhidos, visíveis, com menos muros e catracas?

Gilberto Dimenstein

Regulamento:

Rede Catraca Livre, premiará quatro usuários com vale-presentes da Fnac, com o apoio do Instituto Pinheiro.
Serão 4 vales de R$ 500,00 para compra de livros, CDs,  DVDs e equipamentos no site da Fnac(frete gratuito).

1.Para participar, você precisa ter um perfil na Rede Catraca Livre. Se você ainda não fez o seu cadastro, clique aqui.

2. A rede premiará apenas usuários da Cidade de São Paulo. Os Vale-presentes não são válidos para outras cidades.

3. Envie a sua produção inspirada na expressão “a cidade na sua mão” para o emailconteudolivre@catracalivre.com.br, com uma breve descrição do conteúdo,  indicando o nome do usuário cadastrado na Rede, telefone para contato e por que está participando do concurso.

No caso de vídeos, envie o link para embed no Youtube ou Vimeo. Um mesmo usuário pode enviar mais de uma produção.

As músicas devem ser enviadas em formato mp3

4.    Os trabalhos devem ser produzidos exclusivamente para o Concurso. Se a produção for uma paródia, inspiração ou releitura de uma obra já existente, esta informação deve estar presente na inscrição, com os dados da obra original (autor/ano/links).

5.    O conteúdo publicado deve ser de autoria do usuário que enviou o material. Se a autoria não for comprovada, o conteúdo será desclassificado. Para comprovar a autoria, você pode assinar a obra. Se não for possível assinar, o candidato poderá descrever o processo de criação da obra no email de inscrição (conceito, técnica etc.).

6.    Você receberá um email confirmando o recebimento da sua produção. Se a confirmação não for recebida em dois dias úteis, favor enviar a produção novamente.

7.    As produções poderão ser enviadas até o dia 31 de Outubro.

8.    Se a sua produção for pré selecionada pela equipe do Catraca Livre, ela será publicada na seção “Conteúdo Livre” ao longo do mês, e estará sujeita à aprovação de uma comissão julgadora para as quatro finalistas.

9.    No dia 5 de Novembro, o resultado final será divulgado no site Catraca Livre. Os quatro premiados serão avisados e os respectivos conteúdos estarão na página principal da Rede Catraca Livre. A seleção dos premiados será feita por uma comissão julgadora, divulgada no final do concurso.

10.    Os vale-produtos são nominais e intransferíveis. A compra dos produtos deverá ser feita pela internet e o frete é gratuito na Cidade de São Paulo.

11.    No mês seguinte à premiação, os contemplados responderão a um questionário enviado por email pela equipe da Rede Catraca Livre, informando para o público do site quais foram os produtos adquiridos e como o material está sendo utilizado. Caso nem todas as questões possam ser respondidas no mês seguinte à premiação, o questionário será reenviado 2 meses depois.

12.    Nos próximos meses, o concurso cultural da Rede Catraca Livre - Vale Catraca – vai lançar novos prêmios,  com mais vencedores e valores diversificados dos prêmios.

Em caso de dúvidas, escreva para rede@catracalivre.com.br,

ou ligue para 11. 3814 9237

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

1º Festival Paulistano de Vídeo nas Escolas

Amigos, segue a programação final do 1º Festival Paulistano de Vídeo nas Escolas.

São 75 vídeos inscritos, totalizando 750 minutos. São 54 filmes na categoria alunos acima de 12 anos, 15 filmes até 12 anos e 6 filmes de professores.

Os vídeos foram produzidos em escolas públicas e privadas de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. E serão exibidos na Galeria Olido no centro de São Paulo. Nos dias 15, 16 e 17 de outubro.

É um Festival que mostra um pouco da produção audiovisual em sala de aula. É possível perceber que já existe uma grande quantidade de trabalho pedagógico associando as mídias ao processo de ensino formal, que é o objeto deste festival.

Assistir a estes vídeos nos evidencia que mesmo com pouco investimento na formação do professor e poucos recursos técnicos muita coisa está sendo produzida, o que nos reforça a necessidade de aumentar a pressão por políticas públicas e investimento na área.

www.nossatela.com.br/festival

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

E que tudo pareça um acidente: Incêndio no Real Parque


          O esquema é semelhante á máfia italiana. Tudo tem que aparentar ser um simples acidente. Qualquer semelhança ao ocorrido no início do ano na região do Jd. Pantanal tem que mostrar-se como uma mera coincidência. Cada região com sua peculiaridade, cada qual com o seu tratamento diferenciado. No Paraisópolis não adianta fechar as comportas ou a barragem da Usina da Traição, pois os barracos não estão em uma baixada e o resultado seria o transtorno do moradores do Morumbi e Panamby que passam com seus respectivos carros pela Marginal Pinheiros. O jeito foi optar por outro elemento fundamental da natureza. O fogo. Na manhã do dia 24 de setembro, parte dos barracos da favela do Real Parque, zona sul de São Paulo, foram incendiados. Não por um, mas por três focos de incêndio em pontos diferentes. Um deles, segundo moradores, foi próximo aos eucaliptos que ficam na parte de cima do morro.

           Incêndio criminoso? Como provar se a nossa força pública eficientemente limpou o local do atentado antes da chegada da perícia. O mais curioso é que na madrugada de quinta para sexta parte da favela estava sem energia elétrica. Um dos focos do incêndio começou por volta das 4:30 horas e outro lá pelas 8 ou 9 horas da manhã. O resultado: parte do tumor que assombra a elite paulistana moradora da nobre região do Morumbi e imediações desapareceu. Para garantir que os moradores não retomem o terreno da EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.), foram feitas bases provisórias por onde circulam a Guarda Civil Metropolitana, Guarda Florestal e alguns homens do Exército. Parte deste mesmo terreno já tinha sido desocupado por uma ação de despejo em dezembro de 2007, momento em que a própria empresa declarou não ter grandes planos de construção para área por ser inapropriado devido seu aclive. A ação desta vez teve o papel somente de retirar da área famílias que moravam em grande parte em abrigos provisórios, próximos ao CDHU. Muitos dos que alí estavam já vinham de outras áreas evacuadas. O resultado: cerca de 350 família, quase 1.200 pessoas, ocupam garagens e casas de parentes próximos. Perderam quase tudo.

           Mas lembrem-se, tudo isto tem que ser avaliado de maneira desarticulada. O incêndio na favela do Jaguaré, os despejos na região da antiga Avenida Águas Espraiada, as enchentes e remoções na região do Jd. Pantanal, os ocorridos na região do Parque Residencial Cocaia, Cantinho do Céu, Grajaú, não passam de fatos isolados. Para qualquer um dos casos, o padrão de desculpas já é bem conhecido: moradias em área de risco e incêndio provocados por ligações clandestinas de energia. O mais incrível é que estes acidentes ocorrem de preferência em áreas de intensa especulação imobiliária e/ou espaços no qual há uma opção clara do discurso de preservação ambiental em detrimento da população que já está na situação de excedente do excedente do exército de reserva de mão-de-obra. E a tendência é que estes acidentes aumentem de modo exponencial até 2012, 2014. A cidade precisa mudar rapidamente, mas investimentos na área da moradia parecem estar definitivamente fora dos planos da Secretaria de Habitação que recusa-se insistentemente a ouvir parte considerável dos movimentos que lutam por moradia.
         Portanto, desarticulados, continuaremos a ouvir de maneira solta e desconexa as mesmas notícias.

TEXTO DIRECIONADO PELA ARTICULAÇÃO DO COLETIVO FAVELA ATITUDE

Para efetuar doações aos desabrigados e para maiores informações é só ligar:
Cris (11) 7015-1801 / Karina (11) 7503-4948

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

3º Sarau da Roça


Vamô chegá povo! é neste domingo...

domingo, 19 de setembro de 2010

5x mais do mesmo!

Seria engraçado se não fosse triste! Seria triste se não fosse caricato...














"5x favela: Agora por nós mesmos" veio comprovar as espectativas mais pessimistas trazendo uma mistura novelesca de humor, problemática social e julgamentos de valor. Tudo mostrado de forma tosca, rasa... Pra exemplificar digo que me senti vendo um episódio da série da globo Cidade dos homens, com pitadas de Cidade de Deus e Tropa de Elite. Não é um filme ruim, é um filme muito ruim, apesar de elucidador. Já que nele se revelam nossas velhas feridas aparentimente incicatrizáveis. Mais uma vez a favela preferiu caricaturar suas mazelas ao invés de discuti-las do ponto de vista político. E o mais ridículo é querer contrapor essa releitura a bela obra de Leon Hirzman em 1962. O pobre coitado jornalista da folha Plinio Fraga, integra o time dos embasbacados com algo que supostamente não se sabe. Disse assim em sua matéria em 25/08 na ilustrada: "Contraposta a 5 x Favela de 1962, obra do catequizador Centro Popular de Cultura, a versão 2010 pode ser enquadrada como revisão crítica do ideário esquerdista de usar a arte para conscientizar as massas. O papo agora é colocar as massas para conscientizar as artes". Esse comentário mereceria um texto à parte, mas vou apenas ressaltar alguns pontos. Primeiro uma pergunta: -O que será essa tal massa defendida por Plínio? Seria a parcela da população que condicionada a horas exaustivas de trabalho se anestesia em frente à Tv? Ou a enorme parcela da população entre ricos e pobres detentores de um péssimo nível de informação e por isso reféns da indústria cultural? Considerando que é essa massa que Plinio esteja falando queria fazer outra pergunta: -Como essa massa politizará a arte querido jornalista? Outra coisa ainda é, considero errôneo também esse ideário esquerdista de conscientizar a massa. até por que dizer que conscientizaremos o outro dá a idéia de que o outro é destituíto de consciência. Mas acredito que temos uma população bem ignorante, adjetivo que vem de ignorar, ou seja aquele que ignora que sabe, categoria no qual me enquadro também em alguns aspectos, mas o fato é que precisamos nos educar. Nos dedicarmos a aprender no processo de troca e na auto crítica. É esse exercício que tentarei fazer aqui.
Enfim, vamos falar do filme. À começar pelo sub-título ..."agora por nós mesmos", que piada sem graça não?. Acho que ficaria melhor assim: "agora tutelados pela indústria audiovisual brasileira". Sim, tutelados. Já que todos episódios expões um ator globalzinho que veio de alguma comunidade aproveitando a onda do Cidade de Deus, De Passagem entre outros... Me parece que era expectativa demais de minha parte esperar que tivéssemos só atores desconhecidos que integram a enorme gama de bons artistas oriundos de favelas. Pois é, mas se não tiver o carimbo de grandes produtores como Cacá Diegues, somado aos rostos já conhecidos na televisão, não teriamos como assisti-lo em grandes salas do circuito comercial. Afinal gente comum não tem graça nenhuma não é mesmo?! E não dá grana para os barões do mercado cinematográfico. Me perdoem os camaradas ai das quebradas do Rio que fizeram parte desse projeto, mas eu entendo "por nós mesmos" uma outra coisa. Tipo reformular os modelos de produção, repensar os de distribuição e mais ainda com quem se faz parceria, quem assina sua obra, quem fica com a grana alta ganha dos rendimentos do filme.
Desculpem se estou sendo radical demais, mas estou cansado de ver gente falando das desgraças da favela sem problematizar as questões por uma perspectiva política que busca mobilizar o espectador para uma transformação da realidade. Nada do que o filme demonstra é algo que não aconteça ou que pelo menos não venha à acontecer, mas até quando vamos ficar celebrando nossa miséria, como quem celebra um gol aos 45 do segundo tempo em final de copa do mundo? Porra, temos que parar de achar chato pensar! Para parar de legitimar comentários cretinos como esse do jornalista da folha, que coloca o povo contra o próprio povo, como se pensar a desigualdade social fosse coisa de intelectual. Não! O 5x Favela de 62, apesar de ter sido feito por acadêmicos e por pessoas engajadas em movimentos populares. Trazia muito mais forte a necessidade de mobilização da classe trabalhadora. Talvez pelo contexto da época, mas não pior por isso. Muito diferente do 5x Favela de 2010. Que romantiza a pobreza e tenta humanizar as representações de poder.
No primeiro episódio por exemplo, de nome "Fonte de renda" vemos o protagonista Maycon que acaba de passar em uma universidade pública, passar por inumeros perrengues para continuar à estudar direito, coisas bem comuns à moradores de quebrada como eu que tentam fazer faculdade e mesmo sem pagar mensalidade se fodem com material didático e dinheiro para condução. Mas isso é o comum, o diferencial é que pelo fato de o tal Maycon ser morador de quebrada os "colegas" classe média alta da faculdade começam a procura-lo para descolar umas drogas. De primeira o protagonista nega, mas depois insitado pelas necessidades acaba pagando de aviãozinho. No final ele quase mata o irmão menor que pega uma capsula de cocaína e engole, indo parar no hospital e gerando um grande desapontamento na familia. Contudo ele se forma e acaba bem. Poderiamos achar bom né? Pelo menos ele não morre no final, mas seria uma análise muito frágil do contexto. Eu fiquei pensando mesmo foi se justifica vender droga para continuar estudando? Se o Maycon aceitou fazer isso para concluir os estudos, imagina o que ele não faria depois como advogado formado? O engraçado é que o filme tenta passar que aquela era a única saída para o cara poder continuar estudando. Rídiculo né? Acho que ele nunca ouviu falar de quem cata lata pra sobreviver, mas não se expõe a esse tipo de conluio. Minha companheira por exemplo. só terminou os estudos por que fazia e vendia velas artesanais, aguns vendem livros, outros fazem malabares na rua, etc. Que saída fácil hein Maycon? Pois é... vamos para o segundo episódio "Arroz com feijão".
Talvez o menos pior se não fosse por uma cena extremamente forçada onde um grupo de crianças de classe média assaltam os dois protagonistas também crianças, mas moradores de favela, para roubar 5R$ de cada. Sei que existe uma necessidade latente de inverter os papeis de mocinho e bandido históricamente solidificados pelo cinema, mas soou até piegas nesse caso. Ainda mais se tratando de crianças, que pelo amor de deus, não nasceram escolhendo a classe social e nem são ruins por natureza como ficou parecendo. Ninguém evidencia que tanto as crianças da favela como as da classe média alta são vitimadas pelo sistema como ele é, ao invés disso alimenta-se o ódio de classe, como se inverter a sociedade nos traria algum beneficio.
O terceiro Episódio "Concerto para violino" é na minha opinião o pior da série. Uma releitura capenga do Tropa de elite, mas tão fascista quanto. O tema é a guerra do tráfico. Roubo de armamento militar, parcerias PM/tráfico e uma história de amor pra dramatizar o contexto. O mais interessante é saber que moradores das referidas favelas é que construíram o roteiro. Roteiro esse que humaniza o policial em contraponto a crueldade do traficante. O que prova o quanto filmes como Tropa de Elite estão no inconsciente do povo. E por falar em inconsciente no quarto episódio "Deixa voar" o que é discutido são os limites territoriais alimentados por rinchas entre favelas vizinhas. Para ilustrar a reflexão em torno desse episódio usarei uma sitação do próprio diretor "Cadu Barcelos" numa matéria publicada na revista de vídeo popular de agosto deste ano, em que o mesmo diz: -Acho que a barreira é muito mais da cabeça das pessoas. Porque o tráfico, por mais que seja uma lei paralela, contra o estado, há uma lei maior, que é o morador, o cara trabalha, ele não faz nada demais, o cara quer ir de cá para lá, daqui para lá, o direito de ir e vir é vigente dentro de uma favela. Está muito na cabeça das pessoas essa lei imaginária. Tem até uma feira, eu fiz um curta sobre a Feira da Teixeira. Meu deus meu amigo, por que não foi a feira então o tema do seu curta? Pra que alimentar essas rinchas se elas já nem fazem mais sentido? Me questiono sobre a interferencia dos produtores sobre as temáticas abordadas, mas enfim, bora falar do quinto e último episódio e fechá essa prosa.
O nome é "Acende a Luz" e narra o conflito entre moradores da favela e os trabalhadores da Cia de energia EletroRio, Os moradores na véspera de natal ficam sem luz, e começa o rebuliço. O foco principal é o vendedor de gelo que começa a ficar irritado pelos prejuízos na venda de seu produto. Somado à isso os moradores se articulam para apavorar o trabalhador da EletroRio cobrando que o mesmo conserte o problema, pois do contrário não poderá sair da favela. Uma comédia que dá vontade de chorar vai se construindo. Os moradores em torno da escada impedem que o homem da Cia possa descer e começam a fazer ameças diversas enquanto o homem acuado tenta dizer que não depende dele, pois precisa de uma peça que não possui ali. Eles obrigam o homem a ficar lá até o início da noite quando o homem sem saber o que fazer diz que vai fazer uma gambiarra e consegue concertar só um trecho da iluminação. Aí então é tido como herói e desce da escada sendo seduzido por uma bela mulata. Aí já viu vira uma enorme festa e acaba o filme. Em nenhum momento se ouve alguém dizer: -Que merda de EletroRio do caralho, que não desenvolve um projeto de rede elétrica descente! Que governo de bosta, nada... Pelo contrário, jogam a responsabilidade para o indivíduo, um trabalhador como todos ali. Uma comédia pastelão que mais parece cena da novela das 19hs. Em suma um filme muito complicado!
Você que lê este texto deve estar se perguntando: Nossa Daniel, não tem nada de bom? Pois é não consegui achar nenhum ponto positivo... Me dou o direito à essa opinião. Já que nem o formato, a linguagem, a estética propôs inovações, ou seja, nada que o Fernando Meirelles não faria. E isso não é o que entendo por trabalho qualificado construído pelo povo morador de favelas no Brasil. E infelismente sei que é essa imagem que vai pra fora como produto de exportação da nossa realidade. Aqui mesmo no país eu já imagino que fará muito sucesso nos cinemas e demais espaços de exibição, pois ainda somos muito dependentes dessa representatividade forçada, dessa cosmética da fome. Mas eu tenho outros propósitos com minha produção audiovisual e não cheguei a esse ponto de apelar para o discursso corriqueiro em prol de grana e status. Não vou julgar os caras das favelas do Rio que se dispuseram a participar desse filme, cada qual com seu cada qual, mas é bom refletir onde tudo isso vai parar!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por que eu voto nulo!


Cansado dos apelos mídiaticos, panfletos, outdoors, cartazes, conversas de boteco, etc... Eu me vejo vire e mexe tendo que prestar contas do por que voto nulo. E essa divagação é minha tentativa de explicar de forma clara meus motivos. Mas antes disso quero expor as defesas que mais escuto sobre o "poder transformador do voto". Até para que não pareça que quero fazer apologia ao voto nulo, como se só isso bastasse, então vejamos a defesa para que o réu possa posteriormente se colocar.

Primeira fase do discursso:
-Quem cala consente, se você não vota no menos pior legitima o pior de todos, não?

Segunda fase:
-Como assim pessoas morreram na ditadura para que você tivesse o direito de votar e você simplesmente renega esse direito?

Terceira fase:
-Você é desses vanguardistas que acham que a sociedade vai mudar de um dia pro outro não é? Se não for pela política será como?


Pois é, esses são os discurssos mais recorrentes na tentativa de me fazer votar num canditado X ou Y. Já começa errado né. Oh costume maldito de jogar as mazelas do mundo pro indivíduo. Como se um super candidato fosse entrar no covil dos vilões do poder público e salvar à todos. Isso me remete uma frase de Brecht "Pobre do país que precisa de heróis". E é por aí que as coisas degringolam. Pois a minha angústia em votar em qualquer um dos candidatos que temos para votar é saber que o modelo não permite que as ações individuais sejam transformadoras. Melhorou, sim melhorou, mas por que será que melhorou? Foi o Lula nosso "presidente do povo"? Não, ele pode até ter feito bons projetos, mas de fato a transformação não é mérito desse indivíduo, até por que sabemos que sozinho ninguém constrói nada. E o projeto político dos últimos 8 anos foi uma construção coletiva, que inclusive passou por coligações com a direita mais conservadora do país. E ainda que melhor continua me desagradando. Mas o problema é muito maior que esta constatação, vejo que boa parte dos panfletários que insistem em me fazer votar no seu candidato levantam a bandeira do menos pior, aquele que entrará nas brechas do sistema e mudará a cara da política nacional. Pois para essa questão uso uma metáfora. Alguém já viu alguma pessoa entrar num daqueles córregos extremamente poluídos que toda quebrada tem, com pneus, sofá, merda pra todo lado, já viu? Já viu alguém entrar nesse lugar e derepente a água ficar limpa? Pois é, o contrário é o que mais acontece, o cara saí uma merda completa. Continuando a metáfora do corrego. Para que ele fique limpo precisamos por mais alguém ou alguma coisa lá dentro, ou precisamos insitar as pessoas a parar de jogar coisas na água?
O modelo político atual é uma farsa democratica. De primeira já se constata isso pelo tempo que é dado para a apresentação de propostas aos diferentes candidatos. Temos hoje praticamente 40% do tempo da propaganda politica destinada a 2 politicos privilegiado$ $e é que me entende... Democracia mandada pelo poder financeiro de um ou outro, tão desigual como toda a estrutura desse capitalismo selvagem. Poderia dizer que existem alguns candidatos coerentes, com discursos relevantes e tudo mais, porém como já disse anteriormente ninguém trabalha sozinho e muitos dos mais relevantes politicos não possuem base governamental, e seriam facilmente engolidos pelo corum da oposição. E para que tenham esse montante aliado só se compactuarem com as mesmas práticas nogentas dos candidatos mais eleitos, que passam por campanham super poluídas visualmente e ambientalmente, coligações com partidos e empresas da pior estirpe e discursos populistas e totalizantes. Ou seja para que esses caras sejam eleitos eles tem de deixar de serem quem são e assim sendo, não faz diferente alguma votar em um ou outro. além do mais não quero ninguém pra humanizar esse modelo economico vigente. quero mesmo é ver a massa na rua ciente de que pode viver melhor, por suas próprias ações e convicções. Essa é a política que acredito. a politica de rua, de vida, do olho no olho. Da prática social.
Outra questão que me pega é a confiança na urna eletrônica que o TSE nos quer fazer ter. Desculpe, mas o fato de termos tornado o processo de eleição em um processo digital é a meu ver mais inseguro do que foi antes. Pois é mais maquiado e obscuro. Me diz, você conhece alguém que trabalha na apuração de votos eletrônicos hoje em dia? Não né, pois eu também não, mas eu conheci pessoas que trabalhavam nas eleições na época da cédula de papel, contrário de hoje, onde tudo é muito maquiado e já apontou problemas sérios, como no caso do processo que ocorreu em 2006 nas eleições estaduais do Alagoas, onde 22mil votos simplesmente não foram computados nas benditas urnas eletronicas e ficou tudo por isso mesmo (saiba mais no link:http://softwarelivre.org/samuelcersosimo/blog/urna-eletronica-fraude-e-jurisprudencia-do-tse). O próprio governo engana a população, vi esses dias uma propaganda da justiça eleitoral que me deixou injuriado na TV. Primeiro por que o apresentador é um comediante, segundo por que fala do voto como se o nulo fosse como o branco e como se a pessoa estivesse se abstendo de seu papel quanto cidadão consciente. Que piada sem graça não? Porra os caras colocam um comediante pra ludibriar o povo representando a justiça eleitoral e eu é que sou inconsciente?! Se não bastassem o time de piadistas e artistas falidos que compõe a gama de candidatos pra votar eu ainda tenho que ouvir explicações do governo através de um humorista globalzinho tosco. Política é coisa séria por mais chavão que isso tenha parecido, é coisa séria e deve ser feita na rua, na luta. Na transformação de nossas comunidades e de seus membros, pois independente de quem esteja no "governo" temos o poder e o dever de cobrar qualidade de vida, pois independente de acreditarmos nesse sistema, pagamos impostos, então que sejamos criticos e ativos em nossa cotidianidade, pois isso é o que vai transformar de fato a sociedade!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"A ilusão paga a passagem"

Movimento Passe Livre e o Núcleo de comunicação Alternativa têm o orgulho de convidar você para a mostra "A Ilusão paga Passagem",  no dia 18/09, às 18 horas no Sacolão das Artes.

Diariamente vivenciamos sofrimentos diversos no transporte: o ônibus é lotado e demora para passar, a tarifa é cara, as linhas são mudadas de lugar sem que nos consultem...

Mas existe alternativa, os vídeos desta mostra apresentam ações tomadas pelas pessoas contra este sistema de transportes, seja com manifestações de rua, seja pulando catracas. Podemos pensar em ações coletivas que mudem a forma como o transporte influencia nossas vidas.

Neste próximo sábado exibiremos três filmes que fazem parte da seleção do FELCO (Festival Latinoamericano da Classe Obrera):

Saída de Emergência: 
Documentário sobre os problemas do transporte na cidade e as perspectivas para resolvê-los

Manual das Catraqueiras:
Vídeo que ensina estratégias para pular a catraca do ônibus.

Manifestação Terminal Campo Lixo:
Manifestação no terminal Campo Limpo pedindo o retorno das linhas substituídas pela SPTrans e contra o aumento anunciado na tarifa.

Dia: 18/09/2010
Horário: 18 horas
Local: Sacolão das Artes - Avenida Cândido José Xavier, 577, Pq Santo Antônio.
Como chegar: Pegar o ônibus Jabaquara no Terminal Capelinha e descer no terceiro ponto.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Oficina de vídeo Grátis no Campo Limpo


Se liga aí rapa...

O CineTeia, vai realizar oficina de Vídeo no CEU Campo Limpo
na faixa, com inscrições até dia 30 de setembro!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Setembro do vídeo independente






Em setembro o NCA realiza algumas atividades conjuntas
com parceiros de caminhada, no Sacolão das Artes e no 
Sarau da Ademar, video independente pra celebrar a falsa
independência.








Mostra Repertório Cia Estudo de Cena
Dia 04/09 - Sábado
16hs: Peça de rua "O mistério do novo"
18hs: Exibição dos vídeos "Estudo de cena: O capital e a religião"
e "Narrativas da Sé".

Dia 05/09 - Domingo
Sessão de vídeos
18hs: Estudo de cena: A república
19hs: Fulero Circo
20hs: Debate  

Local: Sacolão das Artes - Av Candido José Xavier, 577 / PQ. Sto. Antônio
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15/09 - Quarta feira - 20hs
NCA no Aniversário da Ademar
Exibição do Doc-Fic "Videolência":
que faz uma reflexão sobre a recente manifestação audiovisual produzida na periferia. 
Discutindo os velhos padrões televisivos, política e sociedade. O grupo aborda através de sua
perpectiva o movimento de vídeo popular e faz diversas provocações.

Local: Quadra - Na Rua Durval Pinto Ferreira s/n
esquina com a Rua Analia Maria de Jesus - Cidade Ademar

De grátis!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Video popular ontem e Hoje!

Salve gente!

É com alegria que chego nesse barraco virtual
pra fazer um convite:

No centro da cidade sabadão além da passeta do Raul que memora os 21 anos do falecimento do maluco beleza, vocês poderam curtir um debate bacana sobre o vídeo popular ontem e hoje na Galeria Olido dentro da programação do 21 º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo com as presenças de:

Daniel Fagundes - NCA (esse que vos escreve)

além de...

Clarisse Alvarenga

Jornalista (UFMG, 1996) e mestre em Multimeios (Unicamp, 2004). Atua como pesquisadora no campo do cinema, desde 1996, tendo realizado alguns trabalhos audiovisuais, entre eles: Umdolasi (2001, 48', Mini-DV), Ô, de casa! (2007, 70', Mini-DV) e Sertão Mar (2010, 15', 35mm). Atualmente, finaliza seu segundo longa-metragem intitulado Excesso de água.

 

 

Luiz Fernando Santoro

Possui graduação em Comunicação (Rádio e TV) pela Escola de Comunicação e Artes da USP (1977), mestrado em Artes Contemporâneas pela Université de Provence, França (1979) e doutorado em Ciência da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1988). Atualmente é professor do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, diretor e produtor de programas de TV e vídeo da Memória Magnética Comunicações e consultor do Instituto Nacional de Telecomunicações. Atua no campo da Comunicação, 

nas áreas de televisão, vídeo, rádio, realização de documentários, comunicação comunitária, convergência

 tecnológica e políticas públicas. Nos anos 80 foi fundador e presidente da Associação Brasileira de Vídeo Popular e participou da criação da TV dos Trabalhadores; dirigiu a Rádio USP e foi coordenador de TV da Fundação Roberto Marinho. Na década de 1990 foi presidente da coalização internacional Vidéazimut. Autor de diversos textos na área de TV e vídeo e do livro "A Imagem nas Mãos", sobre o vídeo popular no Brasil.


A mesa de nome 

"O vídeo popular anos 70 - vídeo popular anos 2000" 

começa as 17hs e depois tem sessão de vídeos.


O Cine Olido fica na Av São João, 473 - Centro


Esperamos todos os interessados a engrossar o debate!


mais informções sobre 

o festival no link abaixo:

http://www.kinoforum.org.br/curtas/2010/dia.phpd=21&idioma=1


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A derradeira hora!

É isso povo!

é chegada a derradeira hora no 1º Festival de Cinema de Várzea,
nossa última atividade acontecerá no Sacolão das Artes no dia 29 
desse mês de agosto à partir das 15hs e todos estão mais que 
convidados...

Pra fechar a história teremos um quebra canela internacional
com jovens das periferias de Paris (pois é existe isso lá também)
e um intercâmbio de produções audiovisuais de lá e cá.

a parceria aconteceu através do projeto Génération 
Court de formação audiovisual, que promove desde 
2006 ações culturais com a OMJA 
(Secretaria Municipal da Juventude de Aubervilliers) 
desenvolvendo à cada ano colaborações audiovisuais 
e solidarias em vários paises. Génération Court inicia 
jovens à realização e produção de curtas-metragens e 
promove a difusão cinematográfica na França, através 
do Festival Génération Court, e em outros continentes.
Em agosto de 2010, pelo quarto ano seguido, 
um intercambio de jovens de Aubervilliers no Brasil 
fornece a oportunidade para jovens franceses 
e brasileiros trocarem saberes através de ações 
culturais, audiovisuais, coletivas e solidárias.

Programação:

SACOLÃO das ARTES
29
  de agosto
Endereço: Av. Cândido José Xavier, Pq. Sto Antônio 

15hs Rachão internacional

Jogo entre os jovens das Periferias de bairros da França

e time de convidados do Festival

 

19hs Exibição do Rachão Internacional de videos                                                             (Intercâmbio França/Brasil)

 

-Ser Humano – 10min - MG  
Direção: Fernando Pinheiro

-Lamento Paulista – 23min - SP
Direção: Pedro Dantas

-O muro – 5min - PR
Direção: Diego Florentino

-Contos da Várzea – 23min - SP
Direção: Diego Viñas

-Seleção Francesa:

Como todo mundo (Comme tout le monde)  

Direção : Azzedine Salmi et Yacine Mamoudi  

Produção : OMJA (2009)  

Pais de gravação : França(2009)  

Duração : 12 mn 38  

Sinopse : Você, eu, todos acreditamos não termos preconceitos… Mas somos iguais a todo mundo ! Mister X, jovem estudante de vinte e um anos acorda de manhã para viver um dia como todos os dias... Sera?  

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Vida « déjà vue » (Vie déjà vue)  

Direção : Mounir Hadi

Produção : OMJA  

Pais de gravação : França

Duração :11 min 34seg  

Sinopse :Entre sonho e realidade, o filme conta a conscientização de um jovem, sua abertura ao mundo e o nascimento de uma vocação artistica, mixturando animação e gravação, slam, pintura e cinema.  

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Voltando em Tambacara (Au pays de Tambacara)

Produção : OMJA/Blonba 

Pais de gravação : Mali (2009)

Duração : 26 min 07seg

Sinopse : Enrolado por seu primo Brahim, chegado do Mali para visitar a familia, o jovem Ali precisa ir de repente para seu pais de origem apesar dos preconceitos que tem ao respeito. Vai então descubrir a realidade da aldeia dos seus pais.  

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Veja se pode me enganar ! (Arnaque moi si tu peux)

Direção : Yacine Qnia 

Produção : OMJA (2010)

Duração : 11mn37  

Sinopse : Uns amigos resolvem montar uma trapaça para roubar um negociante. A sobrinha do negociante esta ficando com um dos amigos, e propõe ajudar. Mas quem engana não é sempre quem você acha...  

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Auber (Auber)  

Direção : Anissa Alali 

Ano de produção : 2008 (França) 

Tempo:12min  

Sinopse : Justine, Alex e Joe são três burgueses que vão a um show de rap perto da estação de metrô Auber, em Paris. Porém, o motorista do táxi entende o destino da corrida errado, e acaba levando os jovens a Aubervilliers, cidade suburbana na periferia da capital francesa.

Realização:

NCA

Apoio

Ação Educativa

OMJA

Consulado da França no Brasil

Parceiros

CEDECA-Interlagos

Sacolão das Artes

Bloco do Beco