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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um brinde aos críticos


Outro dia me questionei à respeito do que sabia fazer de melhor, e cheguei a dura conclusão de que ser "chato" é uma das minhas melhores aptidões, se é que alguém pode entender chatice como qualidade. Mas enfim... Fiquei pensando que em muitos momentos o que me diferenciou das demais pessoas foi a crítica explicita ao que se colocava posto em diversas situações. De alguma forma a posição de chato sempre me coube e por muitas vezes isso me prejudicou ou me enalteceu. Por exemplo, todos devem se lembrar daquele aluno que na escola, fazia aquela maldita pergunta que provocava a professora à extender a aula por uns 20 minutos a mais. Muitos devem ter um conhecido que não se satisfaz facilmente com o script da vida social, que anda com roupas estranhas, que fala coisas desconhecidas ou desconexas. Pois é, acredito que faço parte desse grupo, no qual denomino críticos de trincheira, esses que por força de seus hábitos estão sempre causando desconforto nos ambientes. Diferentes é claro dos críticos de redação, sempre instigados por uma pauta comercial populista. Mas é bom ressaltar que mesmo esses merecerem um olhar atento, já que ainda com seus maus exemplos instigam bons debates. Pois afinal essa é a boa essência que vive dentro de todo crítico que se prese, a expressão, o ponto de vista que provoca a reflexão. Vejo que o grande problema de alguns críticos, principalmente os críticos de arte, é querer distanciar-se da problemática que analisa, é a impafia dos discurssos começados em "eles", como se o problema lhe fosse sempre externo. São esses os que se escondem atrás de grandes empresas da comunicação para propagandear seus textos vendidos, são esses os encastelados que não sabem o que é o terreno argiloso do contexto. Falam de coisas que conhecem por livros, ou por filmes, quiçá por telefonema no caso de alguns jornalistas safados. Não que esteja eu aqui criando uma proibição à essa postura, até por que não tenho essa força (mas se tivesse faria...rsrsrs), e cada um que faça o que lhe convir, porém me coloco à favor da opinião suja de barro, conclamo aqui os diversos críticos de trincheira que existem nas diversas quebradas deste país para assumirem o papel de formadores de opinião que lhes confere. Basta de jornais pseudo neutros! Basta de opiniões forjadas pela necessidade de pauta! Façamos todos de nossas vidas um exercício crítico! Sejamos chatos! Não dá pra se pautar sempre no que diz o Jabor no intervalo do Globo News, chega de termos sempre o Rubens Oswald Filho como referência de cinema, você já se perguntou quantos filmes fez esse condenado? Convido pra trincheira esses que entendem como pauta só o que o mercado pauta. Vos critico e os desafio a me criticar, pois inteligência e capacidade de reflexão não tem classe social, nem direção. Que saiam da gaveta os críticos que a sociedade precisa! Afinal, alguém tem que fazer aquela bendita pergunta que todo mundo quer saber, mas niguém tem coragem de perguntar...

Um brinde aos críticos, um brinde aos caras de pau!

2 comentários:

  1. olá, td bem ?

    cheguei até seu blog pelo site do kinoforum, gostaria de receber informações sobre a oficina q vc dá...
    obrigada

    priscila

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  2. Olá Priscila,
    Nós realizamos com o NCA, várias oficinas dentro do ramo de produção de mídia (blog, mídia impressa, web rádio, grafite stencil), mas nossa especialidade é na área de produção de video e crítica audiovisual. Essas oficinas ocorrem ou no Sacolão das artes ou em espaços contrados, algumas no sacolão são gratuitas e nos espaços contratados também varia, sendo uma gratis ou paga....
    porém no momento não estamos realizando oficina nenhuma, por conta do periodo de fim de ano e tals, mas ano que vem acontecerão com certeza, mantenha-se em contato com agente que te informamos, assim que rolar alguma.

    abraço

    DanieL Fagundes

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